terça-feira, 26 de julho de 2011

Estado social, escolha não livre e descalabro ético

Através de um oportuno post do Reitor que, diga-se, subscrevo integralmente, fui ler o artigo da Kátia Catulo no i - "Pais que procuram a melhor educação para os filhos só podem ser trafulhas".

O artigo elenca os subterfúgios e ilegalidades que muitos dos pais praticam pelo inominável "crime" de apenas pretenderem escolher a melhor escola possível para os seus filhos. Que crime, esse! Crime, sim, à luz daqueles que acham que a escola, cada escola, seria um local paradisíaco caso se dispusesse de dinheiro sem qualquer tipo de restrições e, melhor ainda, nem alunos houvesse. Tal qual o hospital X, ou o Centro de Saúde Y, conhecidos pelo miserável serviço que proporcionam que encontraram forma de ter uma "reserva" de actuação independentemente da qualidade do serviço prestado.

Não vivemos num estado de Direito. Vivemos sim num estado onde a lei é atribiliária e sufocante e visa, antes de mais, cercear a liberdade de contratar e de escolher, em nome de uma suposta "protecção" dos mais desfavorecidos. Pouco importa que os mais desfavorecidos sejam exactamente aqueles que mais perdem com esta presença obsessiva do Estado. O Estado "social" o que verdadeiramente pretende é manter os pobres, pobres e os ricos, ricos fazendo desaparecer a classe média. Big Government = Big Business e, se dúvidas houvesse, bastará ver quem está por detrás da gestão dos food stamps americanos: nada mais nada menos que o JP Morgan.

Da "regulação"/proibição do álcool ao tabaco ou à droga; da não escolha da escola ou do hospital; das inúmeras licenças necessárias para começar o mais simples negócio; da "protecção" ao consumidor traduzida na necessidade de atender às múltiplas disposições legais que a única coisa que fazem é tornar os produtos  ou serviços mais caros ou, então, promover a economia subterrânea;  da proibição da venda leite cru, ou da exposição de queijos em estantes de madeira (entretanto abandonada) ou do abate de animais na praça, tudo se pretende "regular", sem benefício algum à excepção daqueles que directa ou indirectamente são beneficiários de tais regras. Falo dos maus estabelecimentos, dos maus produtos e dos maus profissionais.

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