quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Calderón parece querer abandonar a "guerra às drogas"

Desde que o presidente mexicano, Felipe Calderón, iniciou a sua "guerra às drogas" em 2006, já morreram mais de 40 mil pessoas no México ligadas, directa ou indirectamente, ao tráfico de drogas levado a cabo por poderosas máfias dos narcóticos. A sucessão de horrores tem sido de tal ordem que não só têm crescido as tomadas de posição apontando para a ineficácia dessa guerra como mesmo os apelos para a necessidade de a terminar (por exemplo, aqui e aqui). Aliás, o próprio Felipe Calderón vem dando indicações que algo vai ter de mudar. Nesta ocasião, referiu que (itálicos meus)
If [the Americans] are determined and resigned to consuming drugs, they should look for market alternatives that annul the stratospheric profits of the criminals, or establish clear points of access that are not the border with Mexico."
Ontem, voltou a referir-se a este assunto, nestes termos:
"We are living in the same building. And our neighbour is the largest consumer of drugs in the world. And everybody wants to sell him drugs through our doors and our windows," he said.

"We must do everything to reduce demand for drugs," Calderon added. "But if the consumption of drugs cannot be limited, then decision-makers must seek more solutions -- including market alternatives -- in order to reduce the astronomical earnings of criminal organizations."
Quantos mais milhares de pessoas terão ainda de morrer antes que se acabe com esta insanidade?

Leitura complementar: Mexico’s “Market Alternatives” to the Drug War

Sem comentários: