quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Possibilidades

Manhãs clarividentes

Existem manhãs televisivas interessantes. Onde se pode aprender um pouco ou relembrar informações importantes que, à custa de tanta análise desportiva social perversa (ou o que por cá passa por seus substitutos), já esquecemos.
Imaginar que as televisões generalistas podiam investir alguns minutos de boa disposição e informação crítica é esforço inglório?

Não parece. Vejamos. Pela Irlanda:

Aqui

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Bitcoin e Blockchain - REDUX

A confiança estilhaçada - que caminho seguir?

Publicamos aqui o primeiro de seis pequenos episódios que ilustram o estado da coisa quanto às criptomoedas e às respectivas tecnologias financeiras, bem como os princípios e valores iniciais do projecto Bitcoin, a sua diversificação geográfica e os propósitos divergentes que este sector tecnológico incorpora presentemente.
Importa ter presente que alguns dos colossos bancários e financeiros globais estão atentos. Mais, estão a investir cada vez mais nos gabinetes de desenvolvimento das tecnologias de "organização autónoma descentralizada" (DAO em inglês), na esperança de estar na frente e liderar a(s) mudança(s) que o sector bancário e financeiro enfrenta.

São muitos os desafios que estas tecnologias enfrentam, mas são muitas mais as opções que oferecem. Tendo isto por adquirido, compreende-se o alcance de uma ideia como esta: transferência de valor de forma segura, descentralizada e concorrencial. Por isso, o apelo à independência face ao estado (qualquer estado ou poder centralizado numa grande corporação, por exemplo) parece vencido pelas circunstâncias. Vejam-se as arrogantes declarações de Larry Summers, ou o esforço das instituições bancárias em acelerar a corrida ao "novo armamento" adquirindo muitas pequenas empresas de tecnologia que já estavam a conduzir o desenvolvimento dos seus projectos nas ditas tecnologias DAO.

Há muito a dizer e a analisar nestes episódios, mas é, para mim pelo menos, inegável a sensação de estar perante um novo mundo que se abre à nossa frente.
E com a proximidade da Web Summit em Lisboa, este documentário vem mesmo a calhar.
Parabéns à equipa da TechCrunch.
Boas reflexões.


Nota: os episódios aparecem como sendo sete mas, descontando o "piloto", o documentário distribui-se em seis episódios de aproximadamente sete minutos.



segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Radar

Num gesto raro e até surpreendente, Otmar Issing faz a sua radiografia do projecto europeu. Sem receios de encarar a visão consensual que a burocracia europeia tem de si mesma e do conjunto dos dogmas que suportam o projecto, Issing diz coisas como (traduzo): "Um dia o castelo de cartas vem abaixo". Ou que "o euro foi traído pela política".
Descontando a aparente inocência daquelas palavras, estas declarações são importantes para ilustrar o estado do projecto europeu, especialmente depois do Brexit e das manobras de bastidores para prevenir outras saídas.
Declarações que Issing fez à publicação Central Banking e que Ambrose Evans-Pritchard contextualiza no artigo deste domingo.
O despertador está a tocar. Será que alguém o ouve?

domingo, 16 de outubro de 2016

Alívio ou "o folgar das costas"


Depois de Centeno ter sido avisado pela agência de rateio que a situação fiscal era confortável (e por isso se manteria a avaliação de Portugal), nota-se um ligeiro suavizar da percepção da doença de que padecemos.
Essa suavização não é genuína, não nos enganemos.
É apenas a condição para que o BCE se mantenha "a pagar a festa". E como é preciso manter os espíritos alegres e plenos de esperança, impõe-se a manutenção da parada.

Aliás, o nosso governo fará a sua parte e dará cumprimento à "expansão económica" (note-se as aspas) pela força de... impostos. Por outro lado, não obstante as pressões alemãs, o investimento público avançará em sectores que revelem bom retorno. Político, bem entendido. Mas tudo se fará pela folga que o BCE garante. Como de resto mostra a segunda imagem.
Há alguma margem, comparando com as congéneres, para o BCE continuar a intervir.
Até quando?

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

E se...


Apenas uma agência internacional mantém as obrigações portuguesas com estatuto de investimento suficiente para que o Banco Central Europeu as continue a comprar. Até quando?
Até ao agravar da discussão em torno do orçamento?
Até à próxima corporação levar a cabo uma qualquer estratégia de extorsão?

Uma nota para o excelente serviço da equipa do "The Daily Shot". Passará (a partir de Novembro) a estar associado à subscrição de um grande jornal americano. Deixarei de acompanhar a equipa e o seu trabalho.
Godspeed.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Manobra táctica ou visão estratégica?

Fonte
O diapositivo acima consta da apresentação que o governador do Banco de Portugal fez no encontro entre Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa (sic) que, há dois dias, decorreu em Lisboa. Para leitura dos materiais de suporte à intervenção de Carlos Costa seguir a ligação na imagem (esta corresponde ao diapositivo 4). Recomenda-se a leitura "da integral" do governador.
Esta intervenção expressa que intenção? Será um manobrar táctico correspondente à gestão dos danos que se amontoam no sector bancário e financeiro português? Limitando os "danos morais" na fase de balanço e limpeza?