terça-feira, 27 de março de 2012

Um mistério que se adensa para os alarmistas de profissão

Mark Perry, editor do Carpe Diem, proporciona-nos excelentes gráficos (isto é, informativos). A figura abaixo denota a evolução recente do número de perfurações em busca de gás (a azul) e de petróleo (a vermelho:


Notável que num espaço de pouco mais de dois anos se tenha invertido a proporção (de 1/3 e 2/3). Mais notável ainda que essa inversão tenha ocorrido sem que - vejam só! - tenha havido qualquer programa federal de "estímulo" à pesquisa e extracção de petróleo. Não! A explicação reside, tão e só e apenas, na evolução dos preços relativos entre os dois produtos. E é este o mecanismo que explica alguns aparentes paradoxos que os alarmistas neo-malthusianos são incapazes de compreender (ou se recusam a compreender).

Vejam, por exemplo, este outro boneco retirado daqui, a propósito do patético papagueio que Obama vem fazendo (até mais ou menos um mês e meio atrás quando o preço da gasolina começou a interferir nas suas possibilidades de reeleição...). Segundo Obama, porque os EUA apenas possuem actualmente 2% do total de reservas mundiais, a resolução (?) do problema energético dos EUA, a médio e longo prazo, não poderá estar no petróleo. Num primeiro instante, poderá parecer um argumento válido. Mas depois, olhando para este boneco...


Então os EUA tinham em 2010 o mesmo volume de reservas de petróleo (reservas conhecidas por extrair) das existentes em 1944 e, nesse período, a produção foi de 8 vezes o total dessas reservas então conhecidas? A conclusão que podemos retirar a posteriori é que, afinal, as "reservas" de 1944 eram efectivamente mais de nove vezes maiores. O primeiro gráfico, ao evidenciar com clareza o efeito da evolução dos preços relativos, dá uma pista sobre o que irá suceder proximamente. Se a ela aliarmos o efeito da (r)evolução tecnológica, os resultados podem ser portentosos - já estão a sê-lo - tanto que Obama, hipocritamente, tenta agora chamar a si os méritos do fantástico recrudescimento  da extracção de petróleo e muito especialmente do gás natural quando, na realidade, tudo ocorreu apesar das suas políticas que tudo fizeram para dificultar essa extracção ao mesmo tempo que, de forma insane e economicamente criminosa, promovia as sucessivas Solyndras, Volt e& Cia admiravelmente aqui retratadas.

Julian Simon lives

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