Desde 2011 que as autoridades alemãs têm um plano (juntamente com os holandeses, pelo menos) para ancorar as suas moedas ao ouro. Este é um facto confirmado recentemente por representantes dos ministérios das finanças de ambos os países. Juntando a isto deu-se início, na semana passada, ao processo de repatriamento do ouro austríaco que está em Londres. Se isto não são dados interessantes para compreender a actual situação de Europa (e do Mundo, claro), não sei o que possa ser. E este movimento da Áustria dá um sinal importante para nós portugueses: é que nós temos perto de 55% das nossas reservas de ouro em Londres, sob a designação de depósito à ordem... ou seja, podem estar - essas preciosas toneladas - a participar no jogo de ouro sintético (papel especulativo) que os bancos têm jogado para conter a valorização do preço real do ouro. Os cidadão alemão lembra-se da história por que passou, certamente. Nós, nem por isso. Acreditamos no "jogo da confiança" que depressa se esfuma quando a história decide acelerar.
2 comentários:
Prevenindo-se contra trambolhão ou implosão do euro? A eventual saída da Grécia poderia conduzir ao fim da moeda única europeia?
António Barreto,
Desde 2011 que as autoridades alemãs têm um plano (juntamente com os holandeses, pelo menos) para ancorar as suas moedas ao ouro. Este é um facto confirmado recentemente por representantes dos ministérios das finanças de ambos os países.
Juntando a isto deu-se início, na semana passada, ao processo de repatriamento do ouro austríaco que está em Londres. Se isto não são dados interessantes para compreender a actual situação de Europa (e do Mundo, claro), não sei o que possa ser.
E este movimento da Áustria dá um sinal importante para nós portugueses: é que nós temos perto de 55% das nossas reservas de ouro em Londres, sob a designação de depósito à ordem... ou seja, podem estar - essas preciosas toneladas - a participar no jogo de ouro sintético (papel especulativo) que os bancos têm jogado para conter a valorização do preço real do ouro.
Os cidadão alemão lembra-se da história por que passou, certamente. Nós, nem por isso. Acreditamos no "jogo da confiança" que depressa se esfuma quando a história decide acelerar.
Saudações,
LV
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