segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Irresistível


Muito mais do que a piada, o verdadeiro dilema em nos encontramos. O dilema dos prisioneiros. E, verdadeiramente, é disso que se trata, pois não podemos mais que reagir ao que os suspeitos estão e vão fazer:
- obcecados pela inflação;
- implementação de taxas de juro negativas;
- a busca interminável pela dinamização do PIB pela compra de activos e investimentos públicos;
- e a estocada final da eliminação da moeda física, com o intuito de prevenir a "malvada poupança".

Um dilema. Irresistível.

4 comentários:

Anónimo disse...

Mas LV, com a eliminação da moeda física podemos nós bem. Afinal, já há muitos anos que falta o lastro que confere valor à mesma...

Falta também, a obsessão pelo défice nos redondos 3%.

Phi

Lura do Grilo disse...

"da eliminação da moeda física" este é um assunto que me preocupa!
O totalitarismo teria uma ferramenta de infinita eficácia: com um clique qualquer alma discordante destas "democracias" ficaria com os seus bens arrestados.

Outro é o voto electrónico.

Entretanto o ouro sobe e um banco suíço parece estar em dificuldade.
Na CGD tentaram convidar-me para PPR na Fidelidade a pretexto das taxas de juro baixas. Sinto-me como uma folha seca ao vento forte de fim de outono

LV disse...

Phi,

Começando por concordar que o lastro do "título impresso" que transportamos tem diminuído a olhos vistos, não posso deixar de insistir que considere a "desmaterialização" da moeda como uma peça no edifício de políticas que os "curadores" se preparam para impor.
Não obstante o desplante do sec. de estado (note-se as minúsculas) em desvalorizar o gritante roubo a que equivale a desvalorização do "título impresso" (oiça-se a entrevista dada na semana passada à rádio), tudo o que estes "técnicos" têm feito é ir concretizando diversões (entorses perceptivos) que impedem o reconhecimento da viagem "ao fim do mundo" que estamos a realizar.
A "desmaterialização" é mais uma tentativa desesperada para, punindo ainda mais os aforradores, forçar todos os clientes bancários a gastar as suas poupanças, evitando manter capital depositado (as taxas negativas concorrem para esse fim também) perante risco de confisco. Ou reutilização como seguramente se vão dar ao trabalho, os tais "técnicos", de chamar estas manobras.
Ou ainda como medida de "combate à economia paralela".
São passos, isso sim, de centralização financeira, económica e administrativa.

Lura do Grilo,

De facto, esta "desmaterialização" da moeda não pode ser entendida fora do plano da centralização política. A máquina que gira no centro da peça, exige-a.
Mas note que nada há, nas minhas palavras, de objecção de princípio à digitalização/virtualização monetária ou aos processos de comunicação de múltiplas naturezas. O que importa notar aqui é que essa virtualização se vai fazendo ao ritmo unificador das necessidades dos "curadores". E não ao ritmo das necessidades que os indivíduos procuram satisfazer cooperando entre si. De modo descentralizado e livre.

Pois, a CGD (e outros bancos, para esse efeito), estão a aumentar o som das flautas de embalar para, num esforço de cativar clientes, sobreviver mais um pouco.
A ser verdade o que os americanos da JPMorgan estimam quanto às taxas de juro na ZEuro (de -3,5% a -4.5%), então bem podem fazer soar as flautas.
Permaneçamos atentos, então.

Saudações a todos os nossos leitores,
LV

Anónimo disse...

Laura, LV, estava a ser sarcástico. Contudo, aplaudo o somar das peças:

"A "desmaterialização" é mais uma tentativa desesperada para, punindo ainda mais os aforradores, forçar todos os clientes bancários a gastar as suas poupanças, evitando manter capital depositado (as taxas negativas concorrem para esse fim também) perante risco de confisco."

Phi