segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O grande nó a desatar

Ramiro Marques escreve no ProfBlog:
As únicas medidas que resultam, eles [José Sócrates e Teixeira dos Santos] não as querem tomar: a redução das funções do Estado, pondo termo ao monopólio estatal na prestação de serviços, E não querem reduzir o peso do estado na economia e na sociedade por uma única razão: é lá que estão os empregos milionários para eles, os filhos deles e os filhos dos filhos deles. Tão simples como isso. Empurram o patriotismo com a barriga. Colocam os interesses do partido acima dos interesses do País.
Há cada vez mais evidências de que os actuais governantes, se forem confrontados entre a manutenção do Estado Social (ista) e a saída do euro, optarão pela segunda. Conduzirão a maioria dos portugueses à miséria mas guardarão para eles os altos cargos no Estado e nas empresas públicas.
Ramiro Marques tem toda a razão quando defende a redução do perímetro de actuação do Estado e o desmantelamento de monopólios estatais. A meu ver, porém, não se apercebe que esse problema - o verdadeiro problema - vai bem para além do PS. A nossa direita está, de há muito, capturada por ideias socialistas e, ocasionalmente, é até mais socialista que os socialistas. Percebo a sua insistência na motivação do PS na protecção dos seus apparachiks. Mas a questão dos boys e das girls não é monocromática. Basta um pouco de memória para o reconhecer. Do meu ponto de vista o que há é uma questão ideológica a resolver - reconhecer quais são as áreas de recuo do Estado. Era isso que a oposição, hoje, devia estar a propor aos portugueses.

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