domingo, 22 de abril de 2012

A França: um país em negação

era o título do editorial da Economist que vinha acompanhado desta excelente fotomontagem:


O carácter aprazível que ela deixa transparecer pouco tem a ver com a realidade económica francesa. Mas é exactamente essa esquizofrenia que a campanha eleitoral para as eleições presidenciais tem vindo a transparecer. Ora a França, depois de 30 anos de nacionalizações desastrosas, da semana das 35 horas para - calcule-se! - "promover" o emprego, de um nível de impostos surreal, levados a cabo por de Mitterand, Chirac e Sarkozy está exangue. Em 2011, as despesas públicas atingiram a cifra aterrorizante de 56% do PIB para mais um ano de anémico crescimento. Perdeu, já este ano, a icónica notação de rating do triplo A. E, porém, o que propõem os candidatos que passaram hoje à segunda volta das eleições presidenciais, Sarkozy e Hollande, é mais do mesmo: mais estatismo, mais impostos, mais subsídios, mais proteccionismo. Parece-me pois irrelevante a escolha que o eleitorado vier a fazer no próximo 6 de Maio.

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