sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Nada de novo sob o sol (de Inverno)

O Coyote relembra uma passagem de Frédéric Bastiat (do seu célebre ensaio "O que se vê e o que não se vê" (PDF, em português do Brasil, de 1948) que bem justifica o título que roubei ao seu post, pela actualidade que mantém como Luís Rocha ontem bem chamava a atenção:
Mas, por uma dedução tão falsa quanto injusta, está-se acusando os economistas de, ao rejeitarem a subvenção, rejeitarem o próprio objeto da subvenção, e de serem os inimigos de todas as espécies de atividade, já que nós queremos que essas atividades sejam livres por um lado e, por outro, busquem nelas mesmas a sua própria recompensa.

Ora, se pedíssemos ao estado para não intervir, através do imposto, em assuntos de religião, seríamos por causa disso ateus? E se pedíssemos para não intervir, através do imposto, na educação, estaríamos adiando o saber? E se disséssemos que o estado não deve arbitrar um valor para o solo ou para uma indústria determinada, através do imposto, estaríamos sendo inimigos da propriedade e do trabalho? Se pensássemos que o estado não deve subvencionar os artistas, seríamos considerados uns bárbaros, que acham as artes inúteis?
Nota: uma pequena observação para o rigoroso cumprimento do acordo ortográfico por parte do tradutor, brasileiro, Ronaldo da Silva Legey...

1 comentário:

Paulo Porto disse...

Caro Eduardo F.
Três questão ao lado do seu post:

-Coloca a nota "em português do Brasil" porque acha que os seus leitores não percebem que o texto citado está escrito em português do Brasil?

-Porque motivo lhe parece que os bloggers ingleses e americanos que citam inúmeras vezes textos na outra versão da língua comum não colocam o aviso "em inglês europeu/americano"?

-Acha que a atitude quintaleira que nós, portugueses, temos em relação à lingua que partilhamos com os brasucas, comparada com a atitude larga que os ingleses têm em relação à lingua que partilham com os americanos, é um reflexo da mesquinhez e limitação intelectual dos portugueses?