terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Espatifando o dinheiro dos contribuintes

é o que os governos inevitavelmente fazem quando decidem subsidiar o sector A ou escolher penalizar o sector B, aquilo que os americanos designam por "picking winners and loosers". E talvez nunca como agora seja tão visível que essa escolha de "quem deve ganhar e quem deve perder" não possa senão conduzir ao desperdício monumental de recursos, quando se olha para os resultados da massiva intervenção estatal nos mercados de energia. Subsídios gigantescos às energias ditas "limpas" e penalizações fiscais e administrativas às energias fósseis. O resultado, por todo o lado, é o mesmo: aumento exponencial do custo da energia produzida (como o candidato Obama, aliás, não escondia) e consequente perda de competitividade onde essas "apostas" foram mais vincadas. Portugal e Espanha são dois "bons" exemplos (subida dos preços da electricidade, défice tarifário, etc.).

Entre muitas das loucuras levadas a cabo sob o "chapéu-de-chuva" da eco-teocracia, surgem inclusivamente o que à partida seria tido por anedota como seja a de, nos Estados Unidos, multar refinarias por não colocarem no mercado combustível com mistura de etanol celulósico. A razão é simples: é que não existe oferta comercial de etanol celulósico. Até o New York Times se apercebe do absurdo na sua peça  A Fine for Not Using a Biofuel That Doesn’t Exist (no WSJ, aqui)! Porém, este absurdo não obstou a que este ano a EPA (o regulador ambiental dos EUA) não venha exigir que se dobre essa mistura em 2012!!!

Ademais, como sempre acontece quando o Estado estabelece uma nova "plataforma" de distribuição de subsídios, um outro subproduto inevitável é o aumento dos níveis de corrupção. O vídeo seguinte, da CBS, bem ilustra este problema:

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