Pois... bem pode o Senhor presidente do BCE queimar euros à taxa de juro zero que, mesmo assim, ao que parece, os investidores europeus continuam a não querer arriscar... se calhar, pensam como eu: não estão para correr riscos, enquanto outros andam a curtir à conta dos impostos que depois são obrigados a pagar. Que se lixem as economias!
O mal não é apenas os investidores não quererem arriscar (o que já seria mau, claro), mas a total incapacidade de reconhecer que aquilo que se está a fazer não está a produzir os efeitos desejados. Muito pelo contrário. Independentemente de se poder ter uma visão absolutamente contrária à doutrina dos "mestres" (Phd standard, segundo James Grant), o que resulta destas manobras mágicas é o aprofundar dos problemas. Pode ser um aprofundar mais lento do que seria uma grande (e salutar!) correcção nos mercados e nos balanços soberanos por essa Europa fora, mas essa lentidão só agrava o estado do problema. Como, de resto, bem demonstram a situação japonesa (estado mais avançado da gangrena) e os EUA. Em ambos os casos, as autoridades estão num canto sem espaço de manobra para evitar graves consequências (no caso japonês, já lá vão seis setas de política monetária e financeira e nada de positivo acontece; no caso americano, o recente adiamento da subida das taxas de juro é prova do mal-estar por debaixo da pele). Em cima de tudo isto teremos o quê? Ou subida de impostos ou corte sério nas prestações sociais, pensões e serviços. As taxas de juro negativas são um elefante monumental na asfixiada torre de marfim onde vivem e de onde mandam os mágicos (Phd´s). Se ele espirrar...
A par de tudo, o poder político permitiu que os governos se subordinassem excessivamente ao poder financeiro. Daí, os aumentos insustentáveis da despesa pública que conduziu às politicas demolidoras dos cortes e aumento de impostos, uma recessão adquirida por contágio e sem (penso) qualquer viabilidade de cura. O realinhamento de todos estes satélites desgovernados, diz-nos a História, só serão alcançados após grandes provações e desastres humanamente impossíveis de prognosticar. É provável que o espirro do elefante já não seja evitável, e quando "explodir" os estilhaços serão letais e imensamente abrangentes.
".. o poder político permitiu que os governos se subordinassem excessivamente ao poder financeiro." A fase "pão e futebol, perdão, circo". Para agradar ao eleitorado é preciso meios....
Sabemos como estas coisas evoluem/acabam. Além disso a insólita promessa da D. Europa/MerkeL aos refugiados -e uma mãozinha islâmica bem intencionada- aceleram a desagregação, da União Europa, e do Euro.
Nova Idade Média made in Shariah Law. Conseguirá o, já tão deteriorado, homem grego/europeu sobreviver ?. "Espectador interessado" e preocupado. Saudações.
4 comentários:
Pois... bem pode o Senhor presidente do BCE queimar euros à taxa de juro zero que, mesmo assim, ao que parece, os investidores europeus continuam a não querer arriscar... se calhar, pensam como eu: não estão para correr riscos, enquanto outros andam a curtir à conta dos impostos que depois são obrigados a pagar. Que se lixem as economias!
Caro Bartolomeu,
O mal não é apenas os investidores não quererem arriscar (o que já seria mau, claro), mas a total incapacidade de reconhecer que aquilo que se está a fazer não está a produzir os efeitos desejados. Muito pelo contrário. Independentemente de se poder ter uma visão absolutamente contrária à doutrina dos "mestres" (Phd standard, segundo James Grant), o que resulta destas manobras mágicas é o aprofundar dos problemas. Pode ser um aprofundar mais lento do que seria uma grande (e salutar!) correcção nos mercados e nos balanços soberanos por essa Europa fora, mas essa lentidão só agrava o estado do problema. Como, de resto, bem demonstram a situação japonesa (estado mais avançado da gangrena) e os EUA. Em ambos os casos, as autoridades estão num canto sem espaço de manobra para evitar graves consequências (no caso japonês, já lá vão seis setas de política monetária e financeira e nada de positivo acontece; no caso americano, o recente adiamento da subida das taxas de juro é prova do mal-estar por debaixo da pele).
Em cima de tudo isto teremos o quê? Ou subida de impostos ou corte sério nas prestações sociais, pensões e serviços.
As taxas de juro negativas são um elefante monumental na asfixiada torre de marfim onde vivem e de onde mandam os mágicos (Phd´s). Se ele espirrar...
Saudações,
LV
A par de tudo, o poder político permitiu que os governos se subordinassem excessivamente ao poder financeiro. Daí, os aumentos insustentáveis da despesa pública que conduziu às politicas demolidoras dos cortes e aumento de impostos, uma recessão adquirida por contágio e sem (penso) qualquer viabilidade de cura.
O realinhamento de todos estes satélites desgovernados, diz-nos a História, só serão alcançados após grandes provações e desastres humanamente impossíveis de prognosticar.
É provável que o espirro do elefante já não seja evitável, e quando "explodir" os estilhaços serão letais e imensamente abrangentes.
".. o poder político permitiu que os governos se subordinassem excessivamente ao poder financeiro."
A fase "pão e futebol, perdão, circo".
Para agradar ao eleitorado é preciso meios....
Sabemos como estas coisas evoluem/acabam.
Além disso a insólita promessa da D. Europa/MerkeL aos refugiados -e uma mãozinha islâmica bem intencionada- aceleram a desagregação, da União Europa, e do Euro.
Nova Idade Média made in Shariah Law.
Conseguirá o, já tão deteriorado, homem grego/europeu sobreviver ?.
"Espectador interessado" e preocupado. Saudações.
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