terça-feira, 28 de junho de 2011

Winslow Homer - Blue Boat

Clicar para aumentar

Caindo na real


Via Gocomics

A ansiedade de escolher e a paz da escravidão

O video abaixo retrata, na perfeição, um dos mais sofisticados ataques à liberdade de escolher que tenho presentes (ver alguns comentários aqui).


(Via Mises Blog)

Marc Faber: acumular ouro, investir em prata


Via Finantial Doom Blog

Abaixo dos mínimos exigidos

o programa de governo que foi hoje conhecido. Também me parece que em boa parte tal será directamente imputável ao socialista CDS/PP.

A vida de acordo com o Estado

segunda-feira, 27 de junho de 2011

U2 - With or without you


Infografia da encarceração em massa nos EUA


Via Libertarian News

A diferença entre uma guerra e meras hostilidades

Fontismo, dívida e bancarrota (2)


O Fontismo, espécie de keynesianismo avant la lettre, deu no que deu. Em Portugal deu, por exemplo, nisto:

Espero que o novo governo não precide de esperar seis meses para fazer o que a RENFE agora fez: LÍNEA TOLEDO-CUENCA-ALBACETE - Renfe cierra el AVE de Barreda: tenía 9 viajeros al día.

Fontismo, dívida e bancarrota

Esta notícia, apesar do seu título, comporta duas versões para o (muito) provável emagrecimento da actual rede ferroviária pelo que haverá que aguardar para sabermos da real extensão do encerramento de linhas. A propósito dela, Luís Menezes Leitão, escreve:
"Confesso que não consigo deixar de encarar esta medida como um símbolo da decadência nacional. Uma das grandes realizações do fontismo em pleno séc. XIX foi o desenvolvimento do caminho-de-ferro. (...)
Agora vamos assistir a mais um enorme encerramento das linhas. Lá ficarão os carris sem comboios a testemunhar as realizações de épocas passadas, incompatíveis com a dura realidade do tempo presente.
Fontes queria fazer obra. Diziam-lhe que não havia dinheiro. Fontes, ignorou esse pequeno detalhe indo buscar o dinheiro (empréstimos) onde ele existia (bancos externos). A reprodutibilidade do investimento foi miserável. A coisa acabou na bancarrota de 1892.

Império e bancarrota

Ponto.

Interpelando o novo Ministro da Educação, Ana Benavente, no Público de ontem, perguntava:
Tem afirmado publicamente a sua conceção de uma Escola centrada em três pilares: exames (muitos), que servirão para avaliar alunos e professores, conteúdos disciplinares estritos e prova de entrada na profissão docente. Como garante que tais orientações trarão melhores aprendizagens para todos os jovens face aos desafios do mundo atual?
Como garantir que não nos caia um tijolo em cima da cabeça? Como garntir que não vou ganhar o euromilhões na próxima 6ª feira? Como garantir que o sector da Educação estaria melhor se Ana Maria Benavente nunca tivesse ocupado o cargo de Secretária de Estado da Educação? Perguntas difíceis estas.

Fácil é, porém, a resposta à Dra. Ana Maria Benavente: é ignorá-la. Ponto.

Hermenêutica do humanitarismo

No dia em que o TPI [Tribunal Penal Internacional] emite mandado de captura contra Muammar Khadafi, eis uma interpretação da guerra na Líbia que vem ganhando tracção. 

Reconhecimento a um empreendedor

Faleceu Salvador Caetano.

Desconfiai de quem anuncia o Armagedeão!


Via ZeroHedge

Quanto mais tarde, provavelmente pior


Há quinze dias atrás, estava assim.

Da desmontagem da mistificação

Como mentes livres e esdclarecidas vinham assinalando, a "extraordinária" execução orçamental de 2011 com vertiginosos aumentos na receita fiscal e com a despesa a evoluir abaixo do "padrão de segurança", pouco tinha de extaordinária. Era, sim, mais algo de "ordinário": Défice de 2011 derrapa e obriga Passos a antecipar austeridade. Segundo o Diário Económico (realces meus),
[O] INE vai revelar as contas nacionais trimestrais por sector institucional, o que permitirá verificar que o défice total das Administrações Públicas, em contabilidade nacional - a que interessa para Bruxelas -, está longe dos 5,9% definidos para o conjunto do ano. De acordo com informações recolhidas pelo Diário Económico, nos primeiros três meses do ano, o défice deve estar acima dos 7%, o que coloca pressão ao novo Governo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

The Blackberry panic

David Stockman, ex-Director do Orçamento ao tempo de Ronald Reagan, não poupa Bernanke e Wall Street pela situação catastrófica que causaram nos EUA e em todo o mundo. Ben Bernanke está acabado.


Via Daily Capitalist

Aposta tola com resultado à altura

Miguel Madeira entendeu por bem, presumo que em ausência de coacção, formular uma aposta climática mediante a qual caberia a quem perdesse a publicação de um post onde reconhecesse ter perdido essa aposta. Aquando da formulação da aposta, o blogger Ecotretas ainda tentou introduzir alguma sanidade na coisa, mas sem sucesso. Tem pois, seis meses volvidos, toda a legitimidade para reclamar o "pagamento" da aposta.
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Adenda: em post editado às 21:10 de hoje, o Miguel Madeira reconhece a vitória de Ecotretas. Saudação ao Miguel Madeira.

Requiescat in pace

Peter Falk, o inesquecível Columbo

Estão a ver mal a coisa

Estive a fazer umas contas e concluí que a decisão de hoje do governo espanhol segundo a qual se "restaura el límite máximo de velocidad de 120 km/h", enferma de pouco rigor. Estive a fazer as contas e a consultar os oráculos, e o limite máximo deveria ser, sem margem para quaisquer dúvidas, de 118,63 km/h (com tendência ascendente).

Desvergonha

Os nomes dos políticos que pedem ao Estado a atribuição da pensão mensal vitalícia passaram a ser secretos.

A verdejante insanidade

Por Josh

Inteligente

Governo chama PS para fiscalizar medidas da troika.

Inutilidades

e virgens ofendidas. Extinga-se!

A guerra que os neocons perderam

Por Patrick J. Buchanan. Um excerto:

Over the next 15 months, the United States will be pulling out all or almost all of its 50,000 troops from Iraq, plus the 30,000 from the Afghan theater.(...) 
This will leave Iraq up for grabs. But the Islamic world will see the U.S. pullout from Afghanistan for what it is: a retreat, forced upon a war-weary America by Islamic holy warriors who are the sons of the mujahedeen who drove out the Red Army in the 1980s and helped to bring down the Soviet Empire. 
Make no mistake. Obama is headed for the exit ramp, and the Karzai government and Afghan army will not succeed where that same government and army, backed by 150,000 U.S. and NATO troops, could not succeed. 
McCain and the neocons will blame what is coming, a terrible day in Kabul and across Afghanistan, on those who refused to soldier on, no matter the cost in blood and treasure. 
But the people who should be indicted by history are not those who, after half a trillion dollars and a decade of bleeding, decided to cut America’s losses, but those who stampeded this country into two of the longest and least necessary wars in the history of the republic.

A ser verdade, uma boa escolha

Presidente da Carris convidado para secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

Se há pessoa em Portugal que conheça bem as empresas públicas de transportes e a dimensão dos seus problemas, é José Manuel Silva Rodrigues, economista de formação. Depois de ter tido funções directivas na antiga Rodoviária Nacional, foi Director-Geral dos Transportes Terrestres e administrador da CP e, depois de uma primeira passagem pela Carris, e de uma breve passagem pelo sector privado, regressa à Carris em 2003, onde permanece desde então. Há pouco tempo, ouvimo-lo dizer, em voz alta, que o sector dos transportes está à beira do abismo. Ou seja, a verdade.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Gary Johnson merece ser conhecido

Deixemo-nos de tretas

Lê-se no Profblog, a propósito dos concursos nacionais de colocação de professores:
«O concurso nacional é muito popular entre os professores. Por diversas razões. Garante seriedade. Evita o nepotismo presente em muitos concursos locais. 
Tem desvantagens. Uma delas impedir que o diretor tenha uma palavra na escolha de docentes com perfil adequado ao projeto educativo da escola.»
Garante seriedade? Esta só ocorreria caso o critério de ordenação dos candidatos fosse a qualidade profissional dos mesmos. Ora, como o critério assenta, no essencial, na antiguidade, não há seriedade alguma no processo. Há, apenas, um critério administrativo virado para manter o poder dos sindicatos incólume. Quando os pais dos alunos puderem votar com os pés, escolhendo livremente a escola que entenderem melhor para os seus filhos, e o financiamento de cada escola estiver ligado à sua performance, aí residirá a chave para evitar a aplicação de outros critérios que não os profissionais para preencherem o corpo docente de uma escola.

Biquíni alimentado a energia solar

Muito útil para carregar a bateria do iPod (não sei se dá para o iPad). Vejam por vós mesmos, lendo mais pormenores aqui:


Via NoPasáran

O extraordinário Paul Krugman

Na coluna que mantém no NYT, Krugman escrevia em 11 de Julho do ano passado (mais elaborado aqui):
«We aren’t literally suffering deflation (yet). But inflation is far below the Fed’s preferred rate of 1.7 to 2 percent, and trending steadily lower; it’s a good bet that by some measures we’ll be seeing deflation by sometime next year
Escreve Randall Holcombe:
«A taxa de inflação anual (últimos doze meses desde Maio de 2010 [nos EUA]) é agora de 3,6%. Grande parte desse aumento ocorreu nos últimos seis meses, porque o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) praticamente não cresceu entre Maio e Novembro de 2010. A taxa de inflação nos últimos seis meses (acréscimo no IPC anualizado desde Novembro) é de 6,5%.»
E se Holcombe, a par de outros, pode invocar uma previsão  que parece estar a concretizar-se , já o track-record de Krugman quanto a previsões é miserável. E não apenas quanto a esta "pequena" questão. Não obstante, a criatura é de tal calibre que não resiste em confirmar a "justeza" das suas teses perante si próprio.

A legalização da marijuana

é o que visa o projecto de lei que Ron Paul e o democrata Barney Frank, congressista pelo Massachusetts, irão apresentar na Câmara dos Representantes. O facto de o peso pesado Barney Frank se associar a esta iniciativa é mais um importante indicador do quanto Ron Paul está a conseguir marcar a agenda política.

Mais Obamanomics

Acorrentado na sua retórica eco-teocrática, Obama tem promovido activamente a dependência americana de petróleo estrangeiro ao tudo fazer para impedir o desenvolvimento da extracção e prospecção de novas reservas de petróleo em solo americano, do golfo do México ao Alaska, contribuindo desse modo para o aumento de preços a que temos assistido. Até há bem pouco tempo, a sua teoria, na boa tradição socialista, era negar que houvesse problemas do lado da oferta, antes atribuindo aos especuladores a culpa pela abrupta subida dos preços.

Agora, motivado talvez por uma melhor compreensão das leis da procura e da oferta, decidiu fazer uso de parte das reservas estratégicas do país por actuação coordenada no seio da Agência Internacional de Energia. Esta actuação mereceu a seguinte reacção por parte do presidente do Institute for Energy Research, Thomas Pyle:
“President Obama’s energy plan is not just misguided – it is a national catastrophe. America is home to the largest fossil fuel resource base in the world. Instead of allowing Americans to go to work developing theses energy resources, President Obama continues to keep them unemployed to satisfy his anti-energy allies. 
“There is at least one bright spot with this news from the White House: it seems that President Obama finally realizes that increased supply will bring down prices. But if President Obama really wants to see long-term energy prices decline, he must allow American energy workers to develop our billions of barrels of oil. 
“The Strategic Petroleum Reserve [SPR] is not an ATM [Multibanco] for the President to withdraw from when he needs a boost in his bad approval ratings. The 30 million barrels of oil from the SPR are insignificant compared to America’s massive resource base. The President should save reserves in the SPR for times of war and legitimate crisis, not Washington-created disasters.”

Jon Stewart: o incêndio grego

Insanável contradição

É aquela que Tavares Moreira vem insistentemente apontando para a inconsistência entre uma "luxuriante" execução orçamental e o aumento do stock de dívida pública. Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo.

Exercício de tradução de qualidade

No Público: "Concorrência ameaça roubar até 152 milhões em apenas um ano", "TAP em risco de perder dois mil milhões para as low cost"

Tradução por João MirandaProteccionismo à TAP custa aos portugueses 2 mil milhões de euros
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Nota: de salientar a utilização do verbo "roubar" associado à existência de "concorrência".

O estatista Sarkozy

“A market that is not regulated is not a market, it’s a lottery in which fortune smiles on the most cynical, instead of rewarding hard work, investment and the creation of value”. 
“Volatility is a plague on farmers and consumers,” Sarkozy said. “It also imperils agricultural productivity in the future. Which farmer can make large investments when he risks losing a third of his revenue the next year?”
Os anos passam. De de Gaulle a Sarkhozy, passando por Giscard e Mitterrand, a França bonapartista e anti-liberal permanece (e definha).

A vitória de Ron Paul

é evidente neste clip. Não é a sua face que aparece (sim a de Newt Gingrich, Speaker da Câmara dos Representantes entre 1995-99), mas as palavras, essas, são as dele. Há 30 anos que são as dele. Ron Paul instalou-se no mainstream republicano.

Obama e o fascínio pela Europa socialista


Via NoPasarán

Só agora?

Directora do Centro de Estudos Judiciários demitiu-se

2 anos e meio de Obamanomics

Just as President George W. Bush, with his bailouts, spending sprees, and new entitlements, abandoned the free market at the behest of Wall Street and drug makers, Barack Obama's vision of bigger government is also the dream of corporate lobbyists. 
Obama's healthcare reform, stimulus spending, global warming legislation, and auto industry bailouts are ambitious packages of regulations, taxes, mandates, and spending that benefit Big Business -- what corporation wouldn't welcome more taxpayer-funded subsidies, regulation that crowds out competition, and government mandates that drive more business to them? - Obamanomics defined: Big Government in service of Big Busines.
Na semana passada, o Secretário do Interior de Obama, Ken Salazar, congratulou-se com o "maior projecto mundial" de produção de energia solar (1000 megawatts), no estado da Califórnia, que se prevê estar concluído em 2013, e que goza de um aval estatal sobre empréstimos de 2,1 mil milhões de euros. Como de costume, na prossecução da "resolução do problema das emissões de dióxido de carbono", não se tem pejo em afirmar que tal central irá abastecer entre 300 mil e 750 mil residências (só de dia e só quando houver sol...).

Usando os dados da própria agência estatal  US Energy Information Administration, o factor de capacidade médio estimado para para as centrais solares é da ordem dos 18% (para as centrais que entrarão em funcionamento em 2016) o que significa que, em média, só estão disponíveis 180 dos 1000 megawatts! anunciados. Conjugando os diferentes factores de capacidade com os custos de capital, de operação, etc., obtemos um custo anual "equivalente" entre a produção de energia eléctrica proveniente das diversas fontes Por aqui vemos (IER) que entre a fonte mais cara (a solar) e a mais barata (gás natural e ciclo combinado) a diferença é de cinco vezes mais!!!


quarta-feira, 22 de junho de 2011

E se por uma vez promovêssemos o emprego?

Foi provavelmente resultante de uma impaciência, acumulada em décadas, que levou Joaquim a escrever este post onde supõe que, ao (anunciado) próximo Secretário de Estado do Emprego (mais um académico economista), não será difícil perceber que uma excelente medida de promoção do emprego seria eliminar o salário mínimo.

Concordando em pleno com a sugestão, não creio porém que venha a ser aplicada pelos custos políticos previsíveis que daí poderiam decorrer e que julgo não ser da natureza deste governo assumir.

Assim sendo, sugeriria ao novo Secretário de Estado do Emprego, a ideia, de resto já defendida por outros, da criação, para novos contratos de trabalho, de um nova tipologia onde o despedimento fosse livre pelo que se diminuiria automaticamente o grau de precariedade hoje existente. Por outro lado, deixaria de haver razões para que o fenómeno dos "recibos verdes" permanecesse. Claro que os sindicalistas trogloditas iriam estrebuchar mas como estas novas regras não teriam aplicação nos contratos existentes, a sua capacidade de contestação seria muito menor do que um "ataque" ao estupidamente sacrossanto salário mínimo.

Escola pública e inflação académica vs a promoção da diversidade e da criatividade

Extraordinária (e divertida) intervenção de Ken Robinson:
«We have built our education systems on the model of fast food. (...) You know there are two models of quality assurance in catering. One is fast food, where everything is standardized. The other are things like Zagat and Michelin restaurants, where everything is not standardized; they're customized to local circumstances. And we have sold ourselves into a fast-food model of education. And it's impoverishing our spirit and our energies as much as fast food is depleting our physical bodies.»

Vaya con Dios - Don't cry for Louie


I gave up all my friends
My girls from out of town
Bought her what she wanted
Yet she let me down
When she sae me crying
She said I had no heart
When my heart was bleeding
She turned around and laughed

Girls don't cry for Louie
Louie wouldn't cry for you
When you walk the streets for Louie
You better do what Louie tells you to

I met Louie on a hazy morning
When the bars were closing down
He said honey I really like your prancing
You and I we'll burn this town

This woman, sir, mislead me
Hurt me in my pride
Who are you to judge me?
Who are you to take her side?
She cheated on me mister
Told me nothing but lies
I just had to teach her
Not to over step the line

Girls don't cry over Louie
He wouldn't waste a tear on you
When you walk the streets for Louie
You ain't walking down no avenue

I met Louie on an early mirning
In a sleazy part of town
I was tipsy and feeling kind'a lonely
Louie offered me his arm
He said: you and I we'll burn this town
He said: you and I we'll burn this town

Fact-checking (3)

Fed mantém ajudas extraordinárias à economia. "Bernanke já indicou que os juros baixos ainda são necessários para estimular a recuperação que permanece "frustrantemente lenta", dois anos depois do final da recessão", tendo o banco central "mantido os juros nos Estados Unidos inalterados no intervalo entre zero e 0,25% e repetiu a sua intenção de assim os deixar "durante um longo período", uma decisão que foi unânime".

Portanto: a Fed imprime, furiosamente, quantidades astronómicas de dinheiro recorrendo; a Casa Branca junta-lhe mais uma série de "estímulos" orçamentais afiançando que estes são essenciais para "sustentar" a economia e "defender o emprego" (onde é que já ouvimos isto?). O resultado, esse, traduz o total falhanço das políticas anunciadas:


É evidente que para o ultra-keynesiano Paul Krugman, o facto de os resultados obtidos terem sido tão pobres apenas indica que os "estímulos" não tiveram a dimensão que deveriam ter tido para produzirem o efeito desejado. É importante perceber que esta linha de argumentação, não falsificável, significa aceitar a total ausência de limites à actuação governamental e dos bancos centrais e, por arrastamento directo, o cercear da liberdade dos súbditos/cidadãos. Cuidado!, quando ouvimos dizer que "o governo fará o que for preciso".

O facto indisputável é que o índice de miséria (taxa de desemprego + taxa de inflação) nos EUA  é agora de 12.7 quando era de 7.8 em Janeiro of 2009.

Yes, It Is a Police State

Via Free Advice, Stephen Horowitz escreve Yes, It Is a Police State - A line has been crossed. Aconselho a leitura de todo o texto, transcrevendo aqui a parte final:

«[A] professional colleague of mine was recently on a train to Chicago with his teenage son. They are of Mexican descent, but both are American citizens. Border Patrol agents boarded the train and conducted a similar inquisition. My colleague and his son were hassled quite a bit and told that they probably should keep proof of citizenship with them when they travel within the United States. When innocent American citizens are told they should have “their papers” on them, we live in a police state.

My experience last weekend reflects the essence of the problem. Why were the cops and the Border Patrol there? They were looking for illegal immigrants, drugs, and potential terrorists. It’s the perfect storm of statism that has brought us to this point. The combination of xenophobia, irrational fear of drugs, and the terror the State has whipped up about terrorists around every corner is the fuel on which this police state feeds. But a police state cannot emerge without many fellow citizens being willing to trade off their actual liberties for the false promise of security.

Since 9/11 the biggest threat to the American people is not radical Muslim terrorists, nor deranged domestic terrorists, but the terrorists with the blue uniforms, badges, and body armor. Their weapons of mass destruction are not bombs, but state-approved guns, latex-gloved hands, and a profound disregard for our rights. Until we stand up and say, “Enough!”these terrorists will keep winning and our rights will continue to be lost.»
As guerras militares ou quaisquer outras guerras (como a "guerra às drogas") são normalmente acompanhadas, no plano interno, pela redução do espaço de liberdade interna dos países que as travam, seja no caso do recurso ao recrutamento obrigatório, seja no plano de impostos mais elevados que são necessários para as financiar seja, ainda, "supostamente" combater as "quintas colunas" e "proteger" a rectaguarda. São sempre apresentadas como medidas transitórias, de "excepção", etc. Ora, uma qualquer análise rápida demonstra que esse recuo de liberdade nunca é recuperado em toda a sua extensão, findo o período de excepcionalidade que o Estado invocou para o levar a cabo. É disto que fala Horowitz.

Índice do novo situacionismo

Tinha atenção de fazer uma referência ao post de Pacheco Pereira ÍNDICE DO SITUACIONISMO (130), tal como fez o André Azevedo Alves que "traduz" a coisa no anúncio que Pacheco Pereira vai continuar na oposição.

Estou longe de ser um indefectível de JPP, mas acho que faz muito bem em manter o "índice" até porque, como bem assinala, algumas das personagens do novo situacionismo intersectarão o conjunto das do anterior.
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Adenda: o meu bom amigo João Gonçalves não concorda com a manutenção do "índice". Enfim, é a vida.

Milhares e milhares de vítimas depois

terça-feira, 21 de junho de 2011

Wal-Mart cria empregos, Obama destrói-os

Na sequência desta decisão judicial:


Via LewRockwell

O solstício do €uro

Via ZeroHedge

A correcção, conseguida, de um erro

Assunção Esteves

Bitcoin - mais informação

This is What Will Really Crash Bitcoin.

Bob Wenzel, observando que "[t]oda a vantagem que a Bitcoin reside na capacidade de facilitar a transacções online de compra e venda garantindo o anonimato das partes", não compreende como tal potencial se concretizará quando se sabe que um dos seus criadores (Gavin Andresen) foi às instalações da CIA explicar o que é a Bitcoin enquanto outro,  Donald Norman, está a tentar cativar os reguladores no sentido de conseguir legislação para a supervisão da actividade.

Hum...

Os gregos correm para o ouro

De acordo com este artigo do Financial Times, na Grécia as vendas de moedas de ouro dispararam como reacção dos aforradores à falta de confiança nos políticos, em busca de uma fonte segura e fungível de valor. "Nós não podemos confiar nos políticos para nos tirar dessa bagunça [e] temos que proteger as nossas famílias", afirmou um participante nos protestos anti-austeridade na praça Sintagma de Atenas, acrescentando: "Um colapso da banca pode estar escrito nas estrelas".

Plano B

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Roubo furtivo

Jeff Harding, aqui, chama-nos a atenção para este extraordinário artigo de que cito o seguinte excerto:
Inflation cures a debt hangover. It may be the only known cure. The reason? The value of the debt stays the same in dollars, but there are more and more dollars to go around and pay the debt off.
Naturally, each dollar is worth less. It is a default by stealth. …
Inflation of 7% a year for five years would reduce the real value of our national debt by nearly one-third. …
Federal Reserve Chairman Ben Bernanke once vowed, if necessary, to get up in a helicopter and shower the country with paper dollars to keep us out of deflation. It may come to that.
Jeff Harding di-lo bem: It isn’t “default by stealth,” it’s robbery by stealth.

O DDT e o eco-fascismo imperialista ocidental

Obrigatório ler, no NoTricksZone. Segundo a Spiegel Online, Organic Food Business More Important Than The Lives Of Millions Of Africans.

Esta gente é criminosa. Deviam ser julgados sob a acusação de crimes contra a Humanidade.

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Adenda: o Riod'Oiro, gentilmente, fez uma referência a este post, aqui. Deixei lá o seguinte comentário: para quem queira aprofundar o grande crime e scam do DDT ban, aconselho a leitura de "Scared to Death: From BSE to Global Warming: Why Scares are Costing Us the Earth de Christopher Booker e Richard North, nomeadamente o seu capítulo 8, cuja epígrafe, da autoria de Michael Crichton, reza assim: "Banning DDT killed more people than Hitler".

Uma boa notícia

Nobre falha eleição para presidente da AR também na segunda volta

O Arcipreste Avvakum

Estou a acabar de ler o livro exposto na vitrina motivado pela curiosidade de conhecer melhor a vida do sanguinário Trotsky (aprecio o género biográfico). O livro, muito recente, não será extraordinário, mas parece-me constituir um trabalho honesto na sequência de obras similares do mesmo autor relativos às vidas de Lenin e Stalin (que não li).

Hoje à noite irei começar a ler o capítulo referente à última etapa do exílio de Trotsky: o México. No capítulo imediatamente anterior, o autor conta a história do arciprestre Avvakum, nomeadamente o episódio relativo à sua punição com o exílio siberiano, na sequência da sua não aceitação de reformas na liturgia e teologia da igreja ortodoxa russa da época (séc. XVII). A "pena acessória" foi a ter de se dirigir, com a sua mulher, para o exílio, a pé. A certa altura, a sua mulher cai numa vereda cheia de neve, clamando: "Até quando durará este sofrimento?". Avvakum, ofegante, respondeu que duraria até à morte. Ao que a sua mulher retorquiu, sem hesitar: "Seja, Petrovitch, continuemos o nosso caminho".

Roubini: Greece and Portugal May Abandon Euro

Escreve Bob Wenzel:
I think Roubini is right on here. There is no indication that Greece or Portugal will be able to handle their debt crisis outside of either a default or the printing of money. Since the EU appears very reluctant to print money, Portugal and Greece may do it on their own by returning to their own currencies.

William K. Black: "Fire Holder, fire Geithner, fire Bernanke"


Via Marc Faber Blog

domingo, 19 de junho de 2011

War Powers Act

Jimmy Carter contra a "guerra às drogas"

Jimmy Carter, no NYT, fala alto contra a fatídica e criminosa "guerra às drogas" escreve no seu "Call Off the Global Drug War" (via Lew Rockwell, os realces são de minha responsabilidade):
At the end of 1980, just before I left office, 500,000 people were incarcerated in America; at the end of 2009 the number was nearly 2.3 million. There are 743 people in prison for every 100,000 Americans, a higher portion than in any other country and seven times as great as in Europe. Some 7.2 million people are either in prison or on probation or parole more than 3 percent of all American adults! 
Some of this increase has been caused by mandatory minimum sentencing and “three strikes you’re out” laws. But about three-quarters of new admissions to state prisons are for nonviolent crimes. And the single greatest cause of prison population growth has been the war on drugs, with the number of people incarcerated for nonviolent drug offenses increasing more than twelvefold since 1980. 
Not only has this excessive punishment destroyed the lives of millions of young people and their families (disproportionately minorities), but it is wreaking havoc on state and local budgets. Former California Gov. Arnold Schwarzenegger pointed out that, in 1980, 10 percent of his state’s budget went to higher education and 3 percent to prisons; in 2010, almost 11 percent went to prisons and only 7.5 percent to higher education.

O Movimento Social Liberal (corrig.)

Lendo o nóvel Padrão-Ouro, tive indicação para ir até ao Porco Capitalista. Aí chegado, dou-me conta da existência de um Movimento Liberal Social (e não Social Liberal...) com uma proclamada declaração de princípios.

Não sendo um doutrinário, creio existir uma contradição, insanável no limite, entre o "liberal" e o "social", ficando talvez mais claro para todos que assim é quando somamos o sufixo "ismo" aos ditos. Sem surpresa, a declaração supra remete para a Declaração Universal dos Direitos Humanos onde a tentativa de igualar (pôr ao mesmo nível) direitos naturais como o direito à vida, à liberdade de expressão, à liberdade de movimentos ou à detenção e defesa de propriedade com "direitos" ao emprego, à habitação, à educação, à segurança social, etc., o resultado só pode ser - e é - tantas vezes em nome dos segundos, o da desvalorização dos primeiros. Os imanentes à condição de humanos.

Dito isto, não deixo de ficar contente que haja mais pessoas que digam compreender - e o escrevam(*) - que não pode haver mais e melhor emprego sem que haja primeiro, mais e melhor economia (ao contrário dos sindicalistas trogloditas que temos). E que abracem a epistemologia dos problemas não através da manifestação dos seus efeitos mas pela compreensão das suas causas.
_________
(*) -  Se Portugal não gerar riqueza e não crescer economicamente, não irão haver [sic] empregos e muito menos os empregos bem pagos que ambicionamos.

Go home America, go home

Escreve Patrick J. Buchanan em When America Comes Home:
“The most successful alliance in history,” it was called at the end of the Cold War in which NATO, for 40 years, deterred the Red Army from overrunning Berlin or crashing through West Germany to the Channel.
And when that Cold War was over, Sen. Richard Lugar famously said, “Either NATO goes out of area or goes out of business
.”
Por que carga de água não está a NATO out of business ao fim de 22 anos passados sobre a queda do muro? Por que carga de água permanecem 225 (duzentas e vinto e cinco) bases americanas em solo alemão? Go home Yankees, go home.

Nuno Crato e a Educação pelo próprio (act.)

A simpatia que exprimi há dias, e a sugestão que dei aqui, "quadram" com esta boa intervenção (que não conhecia) de Nuno Crato, assente numa lógica KISS:


Via Insurgente

Revolução

Dizzy Gillespie - Lorraine

Problemas com a realidade (2)

O Público constata  e titula (edição impressa) que o "Número de reclusos atinge [em Portugal] o valor mais alto dos últimos cinco anos". É a notícia escolhida para desenvolvimento "em destaque". Na página dois, o título escolhido é "Forças policiais associam aumento de presos ao agravamento da crise", fazendo-se notar que os "furtos nos supermercados ascendem a 80 milhões de euros". No desenvolvimento escreve-se que o presidente dos polícias da PJ entende que "existe o  perigo, com o avanço da crise, de que o que são furtos de bens essenciais (alimentos) se torne em algo mais violento, mais sofisticado e violento".

Até aqui, conversa habitual de pacotilha.

Na página 3 duas notícias, com destaque bem menor, claro. Numa, lê-se: "Crimes participados às polícias desceram 4,5 por cento no primeiro trimestre de 2011 (face ao período homólogo de 2010"; na outra, "Aumento da criminalidade geral rejeitado" sendo que, no corpo da mesma, citando-se Josefina Castro, directora-adjunta da Escola de Criminologia do Porto (ECP) que afirma "[p]arece que há uma relação entre desemprego e criminalidade, mas não se percebe bem em que sentido". Já Cândido Agra, director da ECB afirma que "[t]udo o quanto se diga sobre o aumento ou diminuição da criminalidade em tempos de crise é uma falácia" e que "não é linear que a crise, o desemprego e a pobreza resultem num aumento da criminalidade" pois, por exemplo, "[a] criminalidade aumentou a partir dos anos 60 no Ocidente em quase todos os países, enquanto se vivia um período de prosperidade".

Confesso ter ficado agradavelmente surpreendido com a humildade científica que estas declarações revelam. Vou procurar saber mais sobre a ECP.

Não sou sociólogo, mas continuo a ler e a reler, com muito afinco, Ludwig von Mises e os seus seguidores. Gostaria muito de conhecer estudos à escala mundial que relacionassem o proibicionismo (político, económico e cultural) e a evolução da criminalidade (função da lei vigente) e consequente população prisional.

Problemas com a realidade

A notícia de caixa do Público de hoje (edição impressa) tem por título "Sindicatos ameaçam exigir em tribunal pagamento extra pelos exames".
"É uma interpretação abusiva o Ministério da Educação considerar que este tipo de trabalho [a correcção dos exames] faz parte das funções normais dos professores. Mais valia assumir que, por razões orçamentais, decidiram deixar de pagar", diz João Dias da Silva da FNE.
Comentário: se corrigir provas de exame não faz parte das "funções normais" dos professores, será função "normal" de quem? Ou o que se quer dizer é que os exames estão a mais ou, pelos menos, são extraordinários?

Até ao fim, problemas com a verdade

Que tenha dado conta, David Levy foi quem primeiro estranhou o atraso na referência aos resultados (maus, claro, como era de esperar) das "provas de aferição" de Português e Matemática para os 4º e 6º anos em 2011.

A inenarrável Alçada rematou, de forma compatível ao (des)nível de todo o seu mandato: Ministério alega que descida [face ao ano anterior] se deve a um "nível de exigência superior ao dos anos anteriores".
______________
Nota: ou Nuno Crato mudou de opinião (o que não creio) ou será finalmente agora que se compreenderá que é impossível comparar "aferições" se se estiver sempre a mudar de régua. Sugiro assim ao novo ministro que  promova um seminário de Verão, de frequência obrigatória, aos membros do GAVE para lhes explicar, in persona,  as complexidades inerentes a esta "problemática". Após avaliação sumária da formação ministrada, mais sugiro que despeça a sua equipa dirigente 

Agora que já conhecemos a composição do governo

é altura de começarmos a especular como será que aqueles que estão prestes a ser empossados irão enfrentar o embate com as respectivas "máquinas ministeriais". Para tal, nada como regressar aos clássicos. Observemos então como poderá vir a funcionar uma "governação aberta":


sábado, 18 de junho de 2011

A propaganda à inflação e o círculo keynesiano (1933)

Apesar de toda a propaganda - em doses inauditas em todos os quatro mandatos de FDR - só a eclosão da II Grande Guerra permitiu ultrapassar um elevadíssimo desemprego (entre 15 e 19% de 1933-41) - à custa dos 8 milhões de cidadãos recrutados para o serviço militar obrigatório que, em média, estiveram mobilizados de Dezembro de 1941 a Dezembro de 1946.


Via Mises blog

Mentes brilhantes

Joaquim, no Portugal Comtemporâneo, sob o título Santos da casa:
Há quem pense que o voto deveria ser obrigatório e há quem pense que, pelo menos, deveria ser obrigatório para todos os que solicitassem quaisquer benefícios fiscais ou sociais. Quem não tivesse votado não teria acesso a estes benefícios. Nicolau Santos subscreve esta ideia a “Cem por Cento” e até aplaude. Ahahahah!
Não ocorre a estas mentes brilhantes que se assim fosse o Estado ficaria refém das "sanguessugas”, perdoem-me a expressão.Eu tenho uma sugestão muito diferente: quem solicitar ou receber qualquer benefício fiscal ou social deve ficar impedido de participar no ato eleitoral enquanto esse benefício durar.
Assim teríamos uma cidadania mais livre e menos políticos a “comprar eleições”.
Ele há cada um...

Cervantizar o país

é a "missão" a que se atribuíram  os eco-teócratos cá do burgo e o maradona, justamente, zurze-lhes em proporções devidas.   Mas só quando - quando, Deus meu? - conseguirmos a emancipação mental da fraude keynesiana será possível derrotá-los seriamente. O que significa que longe está, infelizmente, o dia.

Uma nota de optimismo, a posteriori: se, conforme li algures (no Expresso?), for verdade que nos livrámos de ter o rapaz Jorge Moreira de Sá (um dos cervantizadores militantes) na pasta do Ambiente, há razões para, pelo menos, esboçarmos um sorriso..

Ron Paul épico

O Grupo de Bilderberg

Via LRC, um excelente artigo que lança luz sobre o globalista Grupo de Bilderberg, fundado em 1954.

Para a minha Mónica

Seria uma grande escolha, Ron!

Petula Clark - Downtown

Do combate pela verdade e pela liberdade

Este video, de Robert Reich, tornou-se viral. Porque a receita que Reich prescreve para atacar os males que identifica está tremendamente errada, Bob Murphy resolveu refutá-lo. Sem apelo nem agravo.


Via Free Advice

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Inflação monetária na França iluminista

Um par de videos admiráveis onde se "ilumina" a necessidade imperiosa de compreensão dos princípios básicos de política monetária, com o auxílio da História. Um bónus adicional: os videos estão legendados em francês.


Via Mises blog

Descubro que a dúvida não é só minha

quanto à justiça da indicação de Paula Teixeira da Cruz para ministra da dita. Como André Azevedo Alves assinala, há um sinal preocupante. António Balbino Caldeira também afirma a sua vigilância.

A importância de se chamar Weiner

Congressista abdica devido a escândalo sexual online.

Simpatia

é um sentimento que nutro por Nuno Crato. Mas se, durante o seu mandato, não conseguir dar os passos que:
  1. Conduzam à implosão da 5 de Outubro e suas extensões regionais, descentralizando radicalmente a efectiva gestão das escolas, e promovendo, sem qualquer reserva mental, a diversidade escolar (incluindo a homeschooling)  e, naturalmente, a possibilidade da sua privatização;

  2. Levem as universidades a serem, elas próprias, responsáveis pela selecção dos seus alunos, desindexando o seu financiamento do "volume" dos seus estudantes.
Caso contrário, terá falhado o essencial.

O critério matriz

No Porta da Loja:
O Procurador Geral da República disse à tv, em entrevista de rua e a propósito do caso do "copianço" que as características principais do magistrado são "a seriedade, o bom senso e o equilíbrio." 
Aplique-se este critério ao caso do despacho nas certidões do Face Oculta e tirem-se as devidas conclusões.

James Hansen: o anti-Aristóteles

How can the climate be both catastrophic and safe at the same time?

Socialismo em imagens

40 anos

de promoção da violência e do crime guerra às drogas são hoje "comemorados". Foi exactamente em 17 de Junho de 1971 que Tricky Dick declarou  que a “ameaça das drogas” tinha atingido a dimensão de uma “emergência nacional”.

Desde então, sem ajustamento dos efeitos da inflação, gastaram-se já 675 mil milhões de dólares:
20 mil milhões na luta aos gangs da droga
33 
mil milhões em marketing do tipo “Just Say No”
49 
mil milhões no policiamento antidrogas ao lçongo das fronteiras americanas
121 
mil milhões na prisão de mais de 37 milhões de infractores não violentos
450 
mil milhões para manter presas essas pessoas apenas nas prisões federais.
Só nos últimos quatro anos foram mortas 34 mil pessoas nesta guerra, apenas no México.

A propósito da triste efeméride, Nick Gillespie entrevista Neill Franklin do Law Enforcement Against Prohibition (LEAP):

Televisões e novo governo

Na TVI, Constança Cunha e Sá mantém  o habitual registo histriónico. Perez Metello por uma vez equilibrado.

Na RTP, Miguel Relvas versus Francisco Assis, mantêm uma "postura de Estado".

Na SIC, anúncios.

Exactamente!

O que o novo governo tem de melhor [é] a inexistência do ministério das Obras Públicas. Por LR, no Blasfémias,

O regresso, em força, da discussão do padrão-ouro

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Também era improvável

mas quando Mário Soares escreveu que "[a] saída voluntária de Sócrates foi um ato de bom senso e abriu a porta a dois candidatos a líder que têm a vantagem de ser pessoas inteligentes, experientes e honestas", ele não escreveu nem mais nem menos do que queria escrever. Particularmente a escolha dos adjectivos.

Nunca imaginei escrever

que Marinho Pinto tivesse razão sobre um qualquer assunto. Enganei-me.

Do desmoronamento em curso

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A lógica diabólica do proibicionionismo

Este artigo motivou, por parte de Michael S. Rozeff, o post intitulado Brutal Drug War Consequences, de que traduzo o seguinte excerto:

  1. O estado proíbe algo, como as drogas.
  2. Por esse facto a sua produção TEM que ser e ela ocorrerá porque a procura não desaparece quando a droga é ilegalizada.
  3. A passagem à ilegalidade é uma condição necessária para todos aqueles que estão dispostos a produzir e fornecer a droga. A motivação do lucro permanece, aliás aumenta, e assim sempre haverá pessoas que escolherão essa via.
  4. As pessoas atraídas para o negócio ilegal vão ser as pessoas que já têm menos inibições em fazer qualquer coisa imoral e ilegal. Elas são as mais dispostas a correr riscos.
  5. A concorrência ocorre dentro da ilegalidade. Isto significa que as regras morais que regem a concorrência pacífica não prevalecem entre os fornecedores ilegais. Eles, portanto, tenderão a escolher, entre todas as suas acções e regras, aquelas que lhe tragam sobrevivência, lucros e crescimento. O meio mais eficaz de ganhar quota de mercado e evitar a incursão de rivais dentro de uma situação de rivalidade ilegal incluirá uma reputação e prontidão para matar e mutilar, de modo a fazer valer a sua vontade.
  6. Os meios incluem a corrupção de quem é responsável pela aplicação da lei. Isso é virtualmente uma necessidade e sempre ocorre nestas condições. Os resultados incluem a guerra de gangs, a paz instável entre gangs e a divisão em territórios e feudos.
Nota final: onde lê droga(s) podia ler-se "pastilha elástica" ou "arroz carolino". O raciocínio - e o resultado - seriam os mesmos.

Tinha prometido a mim mesmo nunca mais falar do sujeito

mas isto é imperdível. Absolutamente.

O acordo

Faço meu o cepticismo do Miguel Noronha.

Estranhamente, estou de acordo com a criatura

embora por motivos diversos.

José Lello pede "fim da CNE, já"

Um primeiro olhar para o Windows 8

O gigante Microsoft está seriamente ameaçado mas as notícias do seu próximo desaparecimento na irrelevância são manifestamente exageradas...

De um não admira; do outro também não

João Carlos Silva, ex-presidente da RTP, está contra a privatização do canal. De fazer chorar as pedras da calçada:

“Se vamos cortar na televisão estamos no mesmo plano de cortar na Educação, em cortar turmas e deixar de dar ensino aos meninos."
Marcelo Rebelo de Sousa: Privatização da RTP é de "difícil concretização". Olha mais um com preocupações de "concorrência excessiva"...
Para o ex-dirigente social-democrata seria uma ação “suicida em termos de criar canais autossustentados” pelos riscos que coloca na “ótica do funcionamento do mercado”.
Adenda: oportuna chamada de atenção para um exemplo de "serviço público" de televisão.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Os ATM e check-in por quiosque

como factores explicativos do desemprego na América. Vejam por vós mesmos a dimensão da ignorância económica do actual ocupante da Casa Branca:

Profissão: alarmista

Depois de ler este post do Ecotretas, fiz uma pequena pesquisa no Google e o resultado abaixo parece-me apropriado para caracterizar a esquizofrenia catastrofista militante (hoje, ontem e amanhã).

No Iémen também não vai mal, não senhor

US makes a drone attack a day in Yemen, nas duas últimas semanas.
Abdullah Luqman, the deputy governor of Abyan, said he is worried that the US is treating Abyan like a board game, where it continues playing, not worrying if the deaths are terrorists or civilians. "These are the lives of innocent people being killed. At least 130 people have been killed in the last two week by US drones." Mr Luqman said.

Tudo a correr pelo melhor no Iraque

Como o gráfico abaixo bem ilusta:

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Via Antiwar

Wikileaks: Petróleo, Khadafi e guerra "humanitária"

Apesar das fúrias anti-Wikileaks de alguns  (por exemplo, aqui e mais recentemente aqui)  e da mortandade, próxima do Apocalipse, que se abateu sobre os exércitos e  espiões americanos, o fim do papel das embaixadas e do pessoal diplomático (sem ou com aspas) e, genericamente, das agruras da política externa americana traduzidas aliás na extraordinariamente moderada intervenção em cinco - apenas cinco - guerras em simultâneo, convém ir ouvindo opiniões diversas. Por exemplo, os recentemente divulgados telegramas sobre a indústria petrolífera ocidental e um tal de Khadafi que me parecem muito curiosos:

Educando os americanos incansavelmente

na  defesa dos direitos naturais dos indivíduos como autêntico "campeão da liberdade" como se auto-apresenta no clip abaixo, que reúne as intervenções de Ron Paul no debate(?) promovido pela CNN que decorreu no New Hampshire, no dia 13 Junho, entre os candidatos à nomeação republicana para defrontar Obama nas eleições presidenciais, em Novembro de 2012.

Lutando contra o crescente e agressivo intervencionismo do Estado americano em praticamente todos os sectores da sociedade americana, fenómeno em grande medida resultante do expansionismo imperial e das guerras (actualmente cinco - Iraque, Afeganistão, Líbia, Paquistão e Iémen) que o mesmo provoca contra um inimigo tantas vezes imaginável (225 bases, de acordo com o próprio Pentágono, só em território alemão, 22 anos após a queda do muro de Berlim).

Tem sido este o combate dos últimos 30 anos de vida pública de Ron Paul, de profissão médico ginecologista assistente de cerca de 4000 partos,  sempre mantendo uma integridade a toda a prova com um profundíssimo conhecimento dos fenómenos filosófico-políticos, económicos e monetários (é autor de mais de 20 livros) e um, só na aparência paradoxal, optimismo inabalável na capacidade de ele - e os que se lhe seguirem - levarem a bom porto as ideias que defendem, isto é, a que elas se transformem no mainstream da opinião pública. É aliás incontestável que a cobertura dos media hoje nada tem a ver com o silenciamento activo que lhe devotaram na campanha presidencial de 2008 a que também concorreu.

Compare-se a profundidade e extensão das posições públicas de Ron Paul com a paupérrima prestação dos restantes candidatos presentes em todo o debate, porque vazia de conteúdo substituído por meros sound bites.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Livres ou iguais?

O economista sueco Johan Norberg revisita, actualizando, a célebre série "Liberdade para escolher" ("Free to choose") de Milton & Rose Friedman, num novo documentário "Free or Equal" de que se pode ver um clip aqui.


Via ReasonTv