sexta-feira, 31 de julho de 2015

Recapitulando - Valor

Voltamos a trazer à consideração dos nossos leitores um artigo que publicámos em Outubro do ano passado acerca do papel que ouro pode desempenhar no conjunto dos esforços de poupança que fazemos: constituir-se como reserva de valor.
Antes dessa (re)leitura, deixo também uma ligação para uma recolha de dados feita por Mark O´Byrne para possuirmos informação mais actualizada e de fonte insuspeita quanto ao que se passa, para lá dos títulos das "notícias" dos últimos dias, no mercado dos metais preciosos.
A consideração desses dados não pode deixar de nos suscitar várias perplexidades.


O teste do tempo


As últimas semanas foram ricas em acontecimentos relevantes do ponto de vista financeiro. Muito relevantes, acrescentaria. Por esse mundo fora, registou-se um aumento na volatilidade dos índices bolsistas - com tendência claramente negativa, mas pouco pronunciada. Ainda.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Radar

Enquanto surgem como cogumelos "notícias" acerca do mau desempenho do ouro (ver aqui e aqui) para falar apenas num dos meios nacionais, por que razão não há a mesma preocupação e diligência na clarificação deste assunto?
Chamo a atenção para as declarações de João Salgueiro. Em especial o que não é dito nelas. O que fica implícito, precisamente. Quanto às declarações de Tavares Moreira e de Mira Amaral, elas são de uma assinalável discrição, especialmente se tivermos em conta o registo de "abertura" nas declarações de outros agentes bancários que assinalámos aqui.
A peça que o Observador publica (aqui) mistura o assunto com preparações eleitorais. A seguir.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Farol no mar revolto

Segundo a tese do iminente rebentar global das bolhas, o Brasil tem estado no topo das minhas preocupações. Lamentavelmente, está a tornar-se a imagem de marca das consequências globais da “Finança Selvagem”, livre de constrangimentos, sob a qual vivemos: fluxos financeiros instáveis, excessos na especulação e no crédito, corrupção e más práticas, desajustamento estrutural, tensões sociais crescentes e instabilidade política.
Esta semana pudemos ver o Brasil publicar um maior do que o esperado défice nas Contas Correntes (2.5 biliões de dólares). A inflação está acima dos 9%, a sua moeda está em apuros e o banco central terá de saldar uma grande quantidade de contratos que envolvem moedas estrangeiras (currency swaps). O maior banco dirigido pelo estado está cada vez mais vulnerável. E a economia brasileira deverá contrair 2% este ano. O índice Bovespa desceu 6% esta semana para um mínimo de quatro meses. E os contratos de risco de crédito (CDS) brasileiros subiram para o nível mais elevado desde Março.
Com a atenção recentemente focada na China e na sua bolsa, ou no fiasco Grego, o Brasil tem voado por debaixo do radar.
Depois de um duro 2014, o Brasil tem sido visto no mercado como um beneficiário dos estímulos chineses e da expectativa da recuperação dos preços das matérias-primas. O rebentamento da bolha no índice e nos títulos chineses está a forçar uma grande revisão na visão optimista mais generalizada. As matérias-primas estão em queda livre e o mercado está a ser forçado a rever em baixa as expectativas para as economias dependentes de matérias-primas e respectivas moedas. Daí que o Brasil tenha de estar no topo da lista, tem de estar no nosso radar.

Doug Noland, "O velho. O mesmo velho", 25 de Julho de 2015.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Radar

O momento zen do dia de ontem.
Uma situação que seria deliciosa, não fosse o medo que se identifica no olhar, nas palavras, nas hesitações de Nuno Amado (Millenium BCP) quando se pronuncia acerca da actual situação da banca portuguesa, perdão, do Montepio.
Um clássico instantâneo (aqui).
Palavras para produzir efeitos, não para comunicar. Aterrador.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Desafios Reflexivos

A propósito de amores abstractos


Gostava de trazer à consideração dos nossos leitores um artigo publicado por Daniela Silva n´O Insurgente (aqui). É, julgo, uma importante e oportuna reflexão levada a cabo acerca do ambiente moral em que vivemos.
É importante, pois foca a sua atenção no impulso e orientação do discurso e da acção – nas vertentes política, económica, social e cultural - para o global e para o abstracto. Identifico esta orientação como a tentativa de concretização de uma fuga e de um apagamento.

domingo, 19 de julho de 2015

Serviço Informativo

"Notícias do Ouro"

Publicamos mais um programa noticioso do mercado do ouro por parte da GoldBroker. Um breve vídeo para colocar em contexto os mais recentes dados do mercado mundial dos metais preciosos.
E uma brilhante citação final de Antal Fekete.

Que a semana seja, para todos, muito proveitosa.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Young Guns of Gold

A mesa redonda deste mês conta com elenco um pouco diferente. Esta edição realizou-se com Ronald Stoeferle (Incrementum AG) e Jordan Eliseo (ABC Bullion), Bron Suchecki (da australiana Perth Mint) e Mark O´Byrne (da irlandesa GoldCore).
Os temas abordados são complementados pela apresentação gráfica de alguns dados estatísticos. O interesse e a originalidade, esses, são garantidos. Alguns desses temas são:


terça-feira, 14 de julho de 2015

Citação do dia (189)

Os homens, por natureza, revoltam-se contra a injustiça de que são vítimas. Assim, quando o roubo é organizado pela lei para o proveito daqueles que fazem a lei, todas as classes roubadas procuram, de algum modo, alcançar – por meio revolucionário ou pacífico – o poder de fazer a lei.
De acordo com o seu grau de discernimento, estas classes roubadas podem evidenciar um ou dois propósitos para o domínio do poder político: ou querem terminar esse roubo legalizado, ou querem ter parte nele. Condenada está a nação em que, entre as vítimas desse roubo legalizado, prevalece este último propósito e elas alcançam o poder de moldar a lei! Até isso acontecer, os poucos que praticam o roubo legal sobre a maioria, mantêm essa prática limitada àqueles que podem influenciar a lei. Mas, entretanto, a participação na elaboração da lei torna-se universal. E os homens procuram equilibrar os conflitos entre os seus interesses através do roubo generalizado e, em vez de eliminar as injustiças presentes na sociedade, estes homens generalizam a injustiça.
Assim que os grupos, que até aqui eram vítimas do roubo, ganham poder político, logo estabelecem um sistema pleno de retaliações face a outros grupos. Eles não destroem o anterior sistema de roubo legal, antes vão replicar os seus antecessores nesse roubo. Mesmo quando isso é contra os seus próprios interesses.

Frédéric Bastiat, "A Lei"

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Radar

Upsss! Índices do NYSE estão suspensos. Afinal, para além da Grécia, da China, devemos estar também preocupados com os EUA?
Serão problemas técnicos? Um algoritmo que despoletou a venda?
Estaremos disponíveis para olhar o mal? A sério?

Ver aqui.

sábado, 4 de julho de 2015

A tão desejada inflação

O tempo dilui os referenciais da nossa percepção

No cumprimento das tarefas domésticas, deparei-me hoje com a seguinte constatação: aproximadamente há vinte anos, quando fazia as compras do mês, gastava o equivalente a cem euros. Compras essas que enchiam a bagageira (que era gigante, garanto-vos) do veículo que aparece na primeira fotografia. E, por vezes, alguns sacos ainda acabavam por vir nos bancos traseiros.



quinta-feira, 2 de julho de 2015

Radar

Representante do Partido Comunista Chinês que reuniu com António Costa diz que o partido está disponível para aprofundar os laços com o Partido Socialista.
Preparam um dos possíveis cenários pós-eleições?
Dados os vários contactos com representantes europeus ultimamente, os chineses sublinham a proximidade connosco. Curioso.
Ver aqui e aqui.

Futuro alternativo


Possibilidades e alternativas nos serviços de poupança e de pagamentos

Fomos traduzindo, ao longo dos últimos meses (ver a primeira e última partes), a reflexão levada a cabo por Ken Griffith na defesa de um padrão-ouro livre. A base da sua reflexão assenta, julgo, tanto numa compreensão equilibrada e realista dos valores da Liberdade e livre mercado, como na sua experiência profissional em encontrar meios de facilitar o desenvolvimento das relações económicas entre os diferentes agentes.
Quem foi seguindo essa reflexão lembrar-se-á da história das diferentes tentativas para criar um meio, uma plataforma que fosse, simultaneamente, potenciadora de mais Liberdade nos mercados globais e também uma linha de defesa face a governos sedentos de receita. Para além da intermediação forçada da indústria financeira. 

Simplificando muito, o que se pretendia através dos projectos elencados nessa reflexão era criar uma nova rede de serviços financeiros e de pagamentos, eliminando os custos actuais da intermediação, assim facilitando dinâmicas independentes de empreendedorismo económico. Podendo, esses projectos, também constituir-se como novos modos de fazer poupança.
Estas intenções eram pensadas e projectadas estando ancoradas num grande pilar de sustentação: a sua ligação ao ouro - que é a medida padrão, por excelência, da energia e valor económicos -, como garante dos valores da independência e credibilidade fundamentais na concretização de projectos económicos em ambiente de Liberdade.

Recentemente, concretizou-se aquilo que pode tornar-se o mais sério passo na criação de uma dessas plataformas e alguns meios de comunicação deram disso sinal (ver aqui também).
A BitGold adquiriu a Goldmoney e criou um serviço de pagamentos em ouro usando a tecnologia bitcoin. Os detalhes quanto ao serviço são promissores e a página tem, inclusive, versão portuguesa.
Para compreender em que consiste este serviço e esta plataforma – os seus princípios, vantagens e custos – pode ouvir-se esta entrevista aos dois grandes responsáveis pelo desenvolvimento desta plataforma – Roy Sebag e James Turk.

Que tal colocar-se a si próprio – livre e responsavelmente – no padrão ouro?