sábado, 18 de novembro de 2017

Master Class Eberhard Schoeneburg

"É urgente desmistificar a Inteligência Artificial"

A página de Schoeneburg possui alguns dados de apresentação e obtive esta referência através de outras leituras. Importa trazê-la à consideração dos leitores, tanto pela ressaca da WebSummit (e dos abusos afectivos e racionais a que fomos sujeitos), como mais especialmente pelo momento que volta a esboçar-se em torno das "novas" tecnologias.

Num período que volta a fazer lembrar o entusiasmo do final da década de noventa acerca das tecnologias, preciso de contemplar, com saudável dose de cepticismo, estas "promessas". Tomando uma perspectiva integrada, tanto dos mercados como das intenções dos agentes políticos (a paixão destes nada inocente, sublinhe-se) da natureza da inteligência artificial, bem como das soluções que dela são complementares. Destacando-se as fintech, termo vulgar para os algoritmos e codificações estruturadas aplicáveis aos serviços bancários, aos seguros ou até aos processos eleitorais. Assim como a sua evolução para o suporte à criação digital de moedas criptográficas.

Não há por aqui, como bem sabem os nossos leitores, qualquer animosidade relativamente às referidas (ou quaisquer outras) soluções tecnológicas.
O interesse aqui é tanto conhecer melhor a natureza das soluções (potencialidades, limitações e riscos), como ir apontando algumas dinâmicas que hão-se desenvolver-se em torno destas indústrias, até de cariz político e ideológico (veja-se a WebSummit).

Por aqui, assumimos a necessidade de realismo. E de continuar a aprender para exercer mais conscientemente as escolhas que teremos pela frente.

Boas reflexões.

sábado, 11 de novembro de 2017

Caixa de Ferramentas



Inauguramos mais uma rubrica aqui no Espectador Interessado. Como indica o título, procuraremos partilhar informação útil e crítica. Com o escopo de enriquecer as escolhas que fazemos.
Atendendo à época que se avizinha, deixamos uma ligação para uma lista analítica de produtos relativamente ao seu impacto na privacidade. Ou melhor, quanto à sua efectiva diminuição.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Radar


A alegria e o optimismo entopem, por estes dias, as ruas de Lisboa. Mas só certas ruas, desengane-se o incauto.
Enquanto são frequentes, preocupantes e reveladores os episódios de eficiência estatal, o nosso primeiro navega, com sucesso e mestria, por entre as originais águas tecnológicas. E aproveita qualquer vento ou boleia para promover as soluções do costume.
"Discutindo" e concluindo pela necessidade de mudar o mundo. Para bem de todos.
Exagero? Veja-se o paternalismo:


sábado, 4 de novembro de 2017

Master Class - Hans-Hermann Hoppe

"Importa escrutinar o pensamento que o politicamente correcto desdenha"


Por razões que não são fáceis de identificar, por vezes, não damos o suficiente destaque às ideias daqueles pensadores que são fundamentais para nós. De certo modo, sinto que isso acontece relativamente a Hans-Hermann Hoppe. Assim, selecciono para a nossa rubrica "Master Class", duas das suas mais recentes intervenções.

A primeira foca-se na determinação consequente dos argumentos e dos passos que deverão estar presentes na consideração de quem problematiza os temas da Liberdade, da Paz e do futuro. Para além disso, Hoppe procede a um esclarecimento e distinção entre os diferentes movimentos e discursos políticos que são, intencionalmente segundo o autor, confundidos com o Libertarianismo. Assim como a distinção cirúrgica e irónica das consequências que resultam de cada um dos principais movimentos nos Estados Unidos e não só (sejam a alt-right ou os diferentes populismos).

A segunda palestra tem uma marca pessoal mais vincada. E é pessoal no sentido em que descreve e enquadra factos vividos na primeira pessoa. Episódios reveladores de que o principal conflito a desenrolar-se nas últimas décadas nas sociedades ocidentais é político, é cultural e tem consequências morais impossíveis de esconder. Evidentes indícios de discriminação (grande chavão para o politicamente correcto, mas apenas face a causas que lhe são queridas), de desvalorização da investigação independente nas academias americanas e mesmo de ostracismo de que Hoppe (e Rothbard) foi alvo.

Uma viagem à condição de quem opta pela independência e radicalidade da sua investigação. Independente, pois não se intimida em buscar as explicações que o poderoso bloco ideológico dominante se esforça por esconder ou atacar. Radical, dado que, pelo escrutínio racional diligente, se buscam as raízes dos problemas e os mais originais rasgos de resposta. Fica aqui a ligação para o fórum que Hoppe e Kinsella dinamizam.
Contra o cânone.

Para nós, esta é a viagem que vale a pena fazer. Mesmo.
Boas reflexões.