Voltamos a trazer à consideração dos nossos leitores um artigo que publicámos em Outubro do ano passado acerca do papel que ouro pode desempenhar no conjunto dos esforços de poupança que fazemos: constituir-se como reserva de valor.
Antes dessa (re)leitura, deixo também uma ligação para uma recolha de dados feita por Mark O´Byrne para possuirmos informação mais actualizada e de fonte insuspeita quanto ao que se passa, para lá dos títulos das "notícias" dos últimos dias, no mercado dos metais preciosos.
A consideração desses dados não pode deixar de nos suscitar várias perplexidades.
O teste do tempo
As últimas semanas foram ricas em acontecimentos relevantes do ponto de vista financeiro. Muito relevantes, acrescentaria. Por esse mundo fora, registou-se um aumento na volatilidade dos índices bolsistas - com tendência claramente negativa, mas pouco pronunciada. Ainda.
No contexto da guerra monetária em curso, verificaram-se descidas importantes nos preços do petróleo, do ouro, da prata (mas também nos PGM´s - platina e paládio), especialmente em dólares. Apesar disso, em termos de euros, os metais têm tido descidas menos pronunciadas.
Considerem-se, agora, os seguintes dados relativos à venda de moedas de ouro a peso (gold bullion coins) por parte da U.S. Mint. Desde o início do mês de Outubro até à data (sexta-feira, 10 de Outubro) os números são os seguintes: 33,000 onças na moeda American Gold Eagle (mais de uma tonelada!); 11,000 na moeda Buffalo - 24k; 2,520,000 onças na moeda American Silver Eagle (mais de 78 toneladas, o que obrigou a refinaria a recorrer a reservas para satisfazer a procura); e, por fim, 400 onças na moeda American Platinum Eagle.(1)
No caso da prata, o mercado regista uma procura 62% superior à oferta para o corrente período. Acrescente-se, por outro lado, que a Perth Mint (2º maior produtor de ouro a peso - gold bullion products) registou, no mês de Setembro e face aos dados de Junho, um aumento de 89% nas vendas de produtos em ouro (moedas e barras).(2)
Estes dados - relativos apenas ao mercado físico e não a produtos complexos ligados aos metais - são absolutamente estonteantes e o espanto dá lugar à incredulidade.
Estes números nas vendas ocorrem quando os preços registam as descidas que assinalámos acima. E não se registou ainda uma inversão da tendência, apenas se estancaram as pressões para descer mais. Tomando em consideração que a sazonalidade das festividades indianas está a começar, e isso sempre foi acontecimento marcante na dinamização do mercado do ouro, é muito difícil rejeitar as alegações (e as provas!) da insistente supressão, em particular, do disciplinador monetário.
Nesta idade dourada dos Bancos Centrais, das intervenções técnicas e orientações políticas iluminadas, o "novo normal" caracteriza-se pela ausência de mercados livres. Seja que mercado for. Por isso, julgo, não devemos espantar-nos com o que se passa no caso do mercado dos metais preciosos, embora as intenções dessa interferência específica estejam ligadas com o cerne do próprio sistema monetário e financeiro actual e com a sua sobrevivência.
Para corresponder ao interesse de alguns dos nossos leitores e para colocar os desenvolvimentos atrás indicados numa perspectiva mais esclarecedora, proponho o visionamento dos seguintes três vídeos (do já nosso conhecido canal de belangp). São tão breves quanto esclarecedores do que realmente importa quando se discute o papel dos metais preciosos nos esforços de poupança de cada um. Na proporção que cada um julgar apropriado, estará a contrair um seguro "que todos reconhecem". A escolha dessa garantia deve respaldar-se nas melhores razões, tomando uma perspectiva temporal adequada.
Acrescentaria que dificilmente se pode encontrar melhor seguro para fazer face aos riscos que os mercados demonstram na presente fase, como também para fazer face à imaginação mórbida de políticos e burocratas ávidos de soluções rápidas para problemas que eles mesmos criaram.
Antes dessa (re)leitura, deixo também uma ligação para uma recolha de dados feita por Mark O´Byrne para possuirmos informação mais actualizada e de fonte insuspeita quanto ao que se passa, para lá dos títulos das "notícias" dos últimos dias, no mercado dos metais preciosos.
A consideração desses dados não pode deixar de nos suscitar várias perplexidades.
O teste do tempo
As últimas semanas foram ricas em acontecimentos relevantes do ponto de vista financeiro. Muito relevantes, acrescentaria. Por esse mundo fora, registou-se um aumento na volatilidade dos índices bolsistas - com tendência claramente negativa, mas pouco pronunciada. Ainda.
No contexto da guerra monetária em curso, verificaram-se descidas importantes nos preços do petróleo, do ouro, da prata (mas também nos PGM´s - platina e paládio), especialmente em dólares. Apesar disso, em termos de euros, os metais têm tido descidas menos pronunciadas.
Considerem-se, agora, os seguintes dados relativos à venda de moedas de ouro a peso (gold bullion coins) por parte da U.S. Mint. Desde o início do mês de Outubro até à data (sexta-feira, 10 de Outubro) os números são os seguintes: 33,000 onças na moeda American Gold Eagle (mais de uma tonelada!); 11,000 na moeda Buffalo - 24k; 2,520,000 onças na moeda American Silver Eagle (mais de 78 toneladas, o que obrigou a refinaria a recorrer a reservas para satisfazer a procura); e, por fim, 400 onças na moeda American Platinum Eagle.(1)
No caso da prata, o mercado regista uma procura 62% superior à oferta para o corrente período. Acrescente-se, por outro lado, que a Perth Mint (2º maior produtor de ouro a peso - gold bullion products) registou, no mês de Setembro e face aos dados de Junho, um aumento de 89% nas vendas de produtos em ouro (moedas e barras).(2)
Estes dados - relativos apenas ao mercado físico e não a produtos complexos ligados aos metais - são absolutamente estonteantes e o espanto dá lugar à incredulidade.
Estes números nas vendas ocorrem quando os preços registam as descidas que assinalámos acima. E não se registou ainda uma inversão da tendência, apenas se estancaram as pressões para descer mais. Tomando em consideração que a sazonalidade das festividades indianas está a começar, e isso sempre foi acontecimento marcante na dinamização do mercado do ouro, é muito difícil rejeitar as alegações (e as provas!) da insistente supressão, em particular, do disciplinador monetário.
Nesta idade dourada dos Bancos Centrais, das intervenções técnicas e orientações políticas iluminadas, o "novo normal" caracteriza-se pela ausência de mercados livres. Seja que mercado for. Por isso, julgo, não devemos espantar-nos com o que se passa no caso do mercado dos metais preciosos, embora as intenções dessa interferência específica estejam ligadas com o cerne do próprio sistema monetário e financeiro actual e com a sua sobrevivência.
Para corresponder ao interesse de alguns dos nossos leitores e para colocar os desenvolvimentos atrás indicados numa perspectiva mais esclarecedora, proponho o visionamento dos seguintes três vídeos (do já nosso conhecido canal de belangp). São tão breves quanto esclarecedores do que realmente importa quando se discute o papel dos metais preciosos nos esforços de poupança de cada um. Na proporção que cada um julgar apropriado, estará a contrair um seguro "que todos reconhecem". A escolha dessa garantia deve respaldar-se nas melhores razões, tomando uma perspectiva temporal adequada.
Acrescentaria que dificilmente se pode encontrar melhor seguro para fazer face aos riscos que os mercados demonstram na presente fase, como também para fazer face à imaginação mórbida de políticos e burocratas ávidos de soluções rápidas para problemas que eles mesmos criaram.
(1) - números recolhidos por Ed Steer da Casey Research;
(2) - dados recolhidos por Andrew Hoffman da Miles Franklin;
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O que concluem os nossos leitores?
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