segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fontismo, dívida e bancarrota

Esta notícia, apesar do seu título, comporta duas versões para o (muito) provável emagrecimento da actual rede ferroviária pelo que haverá que aguardar para sabermos da real extensão do encerramento de linhas. A propósito dela, Luís Menezes Leitão, escreve:
"Confesso que não consigo deixar de encarar esta medida como um símbolo da decadência nacional. Uma das grandes realizações do fontismo em pleno séc. XIX foi o desenvolvimento do caminho-de-ferro. (...)
Agora vamos assistir a mais um enorme encerramento das linhas. Lá ficarão os carris sem comboios a testemunhar as realizações de épocas passadas, incompatíveis com a dura realidade do tempo presente.
Fontes queria fazer obra. Diziam-lhe que não havia dinheiro. Fontes, ignorou esse pequeno detalhe indo buscar o dinheiro (empréstimos) onde ele existia (bancos externos). A reprodutibilidade do investimento foi miserável. A coisa acabou na bancarrota de 1892.

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