“O mundo da finança é sempre um mundo fantástico. As pessoas podem acreditar no que quiserem.
Quando os bancos emprestam dinheiro ao governo, toda a transacção é imaginária. A moeda vem de nenhures. Não vale nada. Por que razão não deve ser emprestada a custo abaixo de zero?
O mundo do imobiliário é diferente. É real. Feito de cimento e tijolos. As pessoas vivem em casas. Estas custam dinheiro e tempo para erguer. Elas possuem, positivamente, algum valor.
Mas se uma pessoa consegue um crédito a taxas negativas, o mundo vira-se de pernas para o ar. É como se a casa não tivesse valor. Uma pessoa pede um empréstimo de um milhão a uma taxa de MENOS 1%. Essa pessoa compra uma casa. O banco paga-lhe 10 mil por ano para que ela viva na casa que acabou de comprar!
Louco, não é?”
Bill Bonner,"Um 11 numa escala de loucos", 18 de Abril de 2016.
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Um 11 numa escala de loucos
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3 comentários:
"...O banco paga-lhe 10 mil por ano para que ela viva na casa que acabou de comprar!"
Se a pessoa não quizer receber esses 10 mil o Banco fica-lhe com a casa?.
Complicado!.
A loucura é o termo que melhor descreve estes tempos.
Caro JS,
Essa seria a última volta da realidade parafuso em que nos forçam a viver. Receio, todavia, que os bancos (de tão saudáveis que estão!) evitariam isso o mais possível. Há um "house & credit glut" nos seus balanços, por isso fugiriam de tal hipótese. Mas quem sabe???
Caro Vivendi,
É um absurdo. Um paradoxo monumental. Mesmo que um adolescente se esforçasse por escrever uma tramóia destas, não conseguiria montar uma geringonça de inversão valorativa como esta.
É mesmo um "11 numa escala de loucos". Teremos acrescentos nas medições dessa escala?
Saudações,
LV
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