Os sítios A ciência não é neutra e Ecotretas vêm prestando um inestimável e efectivo serviço público mediante o qual é possível ao leigo descodificar muito do que se vai passando neste "renovável" reino.
A utilidade da sua intervenção é uma vez mais de sublinhar a propósito da publicação, no remanso de Agosto, da discreta portaria que concretiza a "instituição de instrumentos de incentivo à garantia de potência" e das correlativas notícias publicadas na imprensa como, por exemplo, aqui (em rigor, uma "notícia") e aqui.
É assim que ficamos a saber que o investimento subsidiado através dos novos "instrumentos de incentivo" se destina a cobrir os períodos de intermitências da energia eólica, ou seja, dos períodos do dia em que, pela ausência de vento, há que recorrer a centrais de alternativa para cobrir as necessidades de energia eléctrica.
É assim que ficamos a perceber, com clareza, que os custos de investimento da energia eólica têm, não uma mas três parcelas de investimento (pondo de lado os custos de interligação à rede eléctrica), a saber:
- O custo de investimento das eólicas de per se;
- O custo de investimento decorrente das intermitências da energia eólica (e da solar);
- O custo de investimento da bombagem para albufeiras para armazenar energia, produzida pelas eólicas, quando em excesso.
Que treta, hein?
Sem comentários:
Enviar um comentário