"Os nossos tempos não são diferentes dos antigos"
A mais recente reflexão de Ben Hunt foi publicada (aqui) e ela dá o título para esta entrada. Publicamos abaixo a entrevista que o autor também publica quinzenalmente e que, desta vez, dedicou precisamente ao seu último relatório. Estas gravações, incorporando outros exemplos e argumentos, facilitam o alargamento do público para as suas reflexões.
Não posso deixar de recomendar ambas, ainda que prefira as notas escritas.
Assim, esta entrevista visa mostrar que o tempo presente não é, do ponto de vista antropológico, diferente de épocas passadas. No que diz respeito a mecanismos estruturais da relação entre o homem e o real, das relações de poder entre pessoas e instituições e do modo como estas instituições legitimam e exercem o poder, as semelhanças, segundo Hunt, são inegáveis. E quanto mais depressa admitirmos isso, mais facilmente podemos provocar ou acelerar a mudança para uma nova etapa.
De Claude Levi-Strauss, a Piaget e aos espectáculos televisivos que resultam de cada reunião de governadores dos bancos centrais em pouco mais de quarenta minutos. Não esquecendo Woody Allen (através do seu filme "Annie Hall"), Orwell, as entrevistas dos colossos jornalísticos do presente, bem como o funcionamento da "canalização" sagrada das nossas omnipotentes instituições financeiras e monetárias.
Compreender o propósito dos mercados de financiamento de curto prazo? O propósito dos mecanismos da taxa LIBOR? Com inteligência, ironia e bom-humor?
A ouvir e apreciar criticamente.
Votos de um excelente fim-de-semana.
A mais recente reflexão de Ben Hunt foi publicada (aqui) e ela dá o título para esta entrada. Publicamos abaixo a entrevista que o autor também publica quinzenalmente e que, desta vez, dedicou precisamente ao seu último relatório. Estas gravações, incorporando outros exemplos e argumentos, facilitam o alargamento do público para as suas reflexões.
Não posso deixar de recomendar ambas, ainda que prefira as notas escritas.
Assim, esta entrevista visa mostrar que o tempo presente não é, do ponto de vista antropológico, diferente de épocas passadas. No que diz respeito a mecanismos estruturais da relação entre o homem e o real, das relações de poder entre pessoas e instituições e do modo como estas instituições legitimam e exercem o poder, as semelhanças, segundo Hunt, são inegáveis. E quanto mais depressa admitirmos isso, mais facilmente podemos provocar ou acelerar a mudança para uma nova etapa.
De Claude Levi-Strauss, a Piaget e aos espectáculos televisivos que resultam de cada reunião de governadores dos bancos centrais em pouco mais de quarenta minutos. Não esquecendo Woody Allen (através do seu filme "Annie Hall"), Orwell, as entrevistas dos colossos jornalísticos do presente, bem como o funcionamento da "canalização" sagrada das nossas omnipotentes instituições financeiras e monetárias.
Compreender o propósito dos mercados de financiamento de curto prazo? O propósito dos mecanismos da taxa LIBOR? Com inteligência, ironia e bom-humor?
A ouvir e apreciar criticamente.
Votos de um excelente fim-de-semana.
2 comentários:
Muito belo. Belo exemplo de como se pode descrever o ridículo, o grotesco, o imbecil, de uma forma inteligente. Felizmente há disto.
Afinal, em condições normais uma macieira, inculta, iletrada, dá excelentes maças. Cada um é "pró" que nasce ?.
Espectador (ainda) interessado. Obg. Saudações cordiais.
Caro JS,
Obrigado pela leitura atenta.
Ben Hunt tem uma capacidade impressionante de integrar referências muito ricas numa "simples" análise aos mercados económicos e financeiros. E faz isso a partir de uma perspectiva cultural (e filosófica até) muito interessante. Ainda ando às voltas com alguns dos seus "mecanismos de leitura". São ricos, é o que é!
Saudações,
LV
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