Esse princípio - da igualdade de oportunidades - parecia ignorar que as pessoas, sendo diferentes, ao fim de algum tempo teriam entre si novas diferenças, o que exigiria novas interferências de políticas redistributivas que se financiavam nos recursos de alguns cidadãos.
Ora, essa intervenção parecia aceitar que a esses cidadãos não se reconhecesse o respeito pela sua dignidade e da sua propriedade em prol da satisfação daquele segundo princípio.
Nesse caso, não se vê como pode Rawls negar a visão utilitarista das soluções políticas, ou escapar à acusação de que a sua sociedade justa permitiria uma certa escravatura.
É precisamente neste cruzamento, neste dilema que urge dar espaço à discussão destes temas. O facto (mais do que certo, arrisco) de estas referências causarem sorrisos e (até) estupefacção em alguns leitores é, julgo, o justo sinal do cruzamento em que nos encontramos.
Agradecimento a João Cortez (mais uma vez) pela lembrança. A quem sorri, desafio que tente responder à questão que conclui o artigo de Cortez.
1 comentário:
O 15 de Junho estaria correcto se Portugal fosse um País, soberano e independente, até no sistema Financeiro. Portugal já não é um País. Com saldo annual zero, ou equilibrado.
Portugal hoje é um bairro altamente endividado, da União Europeia, e cai nos ombros do contribuinte deste bairro uma crescente dívida contraída por um poder político, cá no bairro, completamente incontrolado. Nem em 31 de Dezembro de 2017, 2018, 2019 ....
O resto é música, contabilidades criativa para balanço de Bairro em ano de eleições.
Os netos aceitaram a dívida?.
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