sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Inovação e Criatividade

Através de meios com História

Na breve entrevista que hoje publicamos, os responsáveis pela fusão e reestruturação da empresa GoldMoney (que integrou a BitGold) dão a conhecer uma parte do seu modelo de negócio. A dimensão da sua base de clientes tem crescido a um passo consistente desde o lançamento em bolsa em Maio passado e um dos objectivos aqui evidenciados é: "o sistema e o mercado bancário tem muita fricção, nós queremos acabar com essa fricção no modo como as pessoas trocam valor a uma escala global".
Promissor.
Como já perguntei uma vez: que tal colocar-se, a si próprio, no padrão ouro?

Anterior entrevista com detalhes relevantes do projecto: aqui.


terça-feira, 27 de outubro de 2015

Citação do dia (191)

É necessário contemplar, aqui, dois aspectos fundamentais.
Primeiro, politicamente toda a situação parece má. A declaração do Presidente da República tem de ser entendida no contexto da actual situação europeia, porque essas declarações são um rude alerta para o status quo político fazer tudo ao seu alcance para prevenir mudanças políticas substanciais na Europa.
A zona euro é uma construção pobre do ponto de vista institucional e a insistência no aprofundamento deste projecto, nas presentes circunstâncias globais, conduzirá ao desaparecimento do euro e, talvez, da própria União Europeia.
Em segundo lugar, Portugal tem um enorme encargo com a dívida soberana, que só é sustentável no contexto de apoio estrito por parte do Banco Central Europeu e das suas operações de compra indirecta de dívida. Este é um país que teve um défice superior a 7% em 2014, com um nível de dívida pública superior a 120% do PIB, uma dívida externa superior a 200% do PIB e uma dívida total (pública e privada) de 370%. Numa recessão, estes números irão crescer. Para que a dívida de Portugal pudesse ser sustentável, no actual contexto institucional e mantendo o mesmo paradigma económico, a austeridade teria de reduzir o défice e o PIB teria de crescer, por várias décadas, acima das taxas dos títulos da dívida pública, mantendo-se, claro, o apoio implícito do BCE.
Olhando para o futuro, o potencial de sustentabilidade da dívida diminui substancialmente. E, assim, poderemos ter outra “Grécia” entre mãos. (...)
O que se passa agora em Portugal, torna a Grécia um caso menos especial e é um sinal do que ainda pode acontecer de mau pelo continente. E isto é um risco para a sustentabilidade da dívida em toda a periferia.

sábado, 10 de outubro de 2015

Regulação desregulada

A regulação financeira é o salvo-conduto para o desastre

Na entrevista que hoje publicamos, Robert Johnson analisa com John Kay a natureza e os resultados dos edifícios regulatórios erguidos nas últimas décadas em torno dos sectores bancário e financeiro.
Para um leigo, estas regras parecem ter produzido um monstro de dimensões ainda desconhecidas. Para Robert e John, a dimensão do problema é mais clara. E, na sua opinião, para que fosse possível uma regulação mais ligeira e mais eficiente, importava assinalar diferenças quanto aos pressupostos de ambos os sectores - bancário e financeiro. Compreender os estímulos impregnados no sistema híbrido de hoje e perspectivar os respectivos axiomas aos olhos do que sabemos hoje é fundamental.
É isso que buscam fazer, Robert Johnson e John Kay ao longo de pouco mais de vinte e seis minutos.

Votos de um excelente fim-de-semana. Não obstante, o recente cinzento deste sábado.


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Nevoeiro do deleite

Fonte

A novela política está a começar. A promoção da ansiedade no presente, que resulta da intriga e jogo políticos, terá como desfecho uma solução apresentada e aceite como necessária. Como fundamental para salvar o país da instabilidade, dando continuidade a uma narrativa que suporta a mais disparatada tentativa alquímica de desatar o nó do presente. Político e económico.

A imagem (ver nota) que dá início a este comentário ilustra bem que direcção seguimos para concretizar a inflação de sucesso a nível europeu. Que teima em não chegar. Nem o sucesso nem a inflação! E Portugal também está à mesa a jogar. Muito exposto às consequências negativas de tais políticas.
Depois de ler e reler os números, alguém aceita que teremos pela frente um futuro de "esperança e sucesso"? A sério?
Há alguém que defenda a loucura desta política monetária e financeira, esperando corrigir os males feitos? A sério?
Que farão os próximos a sentar-se na cadeira do "poder" quando este foguetão queimar todo o seu combustível? Alguém responde?

Do outro lado do Atlântico, pouco falta para que se retome a loucura das políticas monetárias expansionistas. Hipótese que, dado o adiamento relativo às taxas de juro e às "coincidências" a vermelho no gráfico abaixo, parece muito credível.


Os cérebros procuram, avidamente, a velocidade de cruzeiro. No meio do nevoeiro...


Nota: o artigo que enquadra o primeiro gráfico (e está acessível na ligação) é, julgo, de leitura obrigatória para acender um farol contra o nevoeiro.

sábado, 3 de outubro de 2015

Respaldo e reparação

Dedicação

Partilho com os leitores, uma recente descoberta musical. Para além do mérito musical que facilmente se reconhece, a experiência tem, do meu ponto de vista, uma dimensão imaterial importante. Como pano de fundo para os trabalhos e os dias do presente.

Votos de um excelente fim-de-semana.


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Radar

Iniciou-se o programa, há muito prometido, de Tom Woods e Robert Murphy de análise crítica ao pensamento económico de Krugman. O sítio chama-se Contra Krugman. O programa terá emissões semanais e acompanhará as expressões públicas de Paul Krugman, tanto escritas como televisivas.
Embora os autores procurem acompanhar criticamente a coluna de Krugman no NYTimes, o que pretendem desmontar são as falácias que o pensamento único em economia - de que Krugman é grande exemplo - dirige aos problemas políticos e económicos.
Não é destinado a especialistas. Pelo contrário, com humor todos podemos reconhecer os vícios do pensamento de Krugman e, por extensão, do pensamento dos mestres do Politicamente Correcto.
Imperdível.