domingo, 30 de setembro de 2018
sábado, 22 de setembro de 2018
Radar
Os bancos centrais assumiram, no primeiro semestre deste ano uma postura muito activa na reorganização das suas reservas, especialmente mostrando-se compradores de ouro.
Aqui
A estratégia de diversificação deverá ser uma estratégia exclusiva dos bancos centrais?
sexta-feira, 14 de setembro de 2018
Populismo, o que é? De onde pode vir?
"O crescimento da economia não é sinónimo da melhoria das condições de vida"
Muito se tem tentado discutir e analisar acerca do que é o populismo e quais são as suas origens. Esta tendência agudizou-se com a eleição de Trump. Considero que a este facto se tem juntado o aumento do ruído na análise, o que também não é novidade.
A escolha do vídeo de hoje visa evidenciar uma das razões (se não a principal) para a eleição de políticos como Trump, Salvini ou Macron por esse mundo fora no momento presente. A entrevista é conduzida por Charlie Rose a James Goldsmith e inclui uma troca de argumentos com uma tecnocrata da administração de Clinton (presidente os EUA à altura).
Não nos interessam aqui as considerações pessoais (quem é fulano, o que fez e por aí fora), antes considerar a capacidade de antever certos resultados económicos, sociais ou políticos. Bem como assinalar a natureza da distorção da análise ao fenómeno do "populismo". A discussão (o ruído) que se faz, julgo, evita olhar as causas políticas e económicas que mobilizam os eleitorados. O que só pode ser intencional. A constante desvalorização de certas vozes que antecipam certos resultados (tão certeiros afinal!) só pode ser intencional.
Que bom que seria ter hoje a mesma tecnocrata a analisar as dinâmicas económicas, financeiras e sociais dos últimos vinte anos, depois desta troca de pontos de vista.
Seremos capazes de seguir a argumentação de Goldsmith, dos seus pressupostos às suas consequências? Serão assim tão difícil de reconhecer algumas (se não as mais importantes) raízes do discurso de alguns políticos (a que se chama populista) e da resposta (esperada e injusta, aliás) dos curadores de serviço? Seremos capazes de reconhecer o desenvolvimento das políticas dos últimos trinta anos, das suas consequências? Reconhecemos quem lucra com este estado de coisas?
Considerem-se também as visões do entrevistado relativamente ao projecto europeu, das suas instituições e políticas. Pese-se a qualidade, a acutilância e a profundidade das suas observações.
Quantos, como Goldsmith, poderia esperar estar tão certo tantos anos depois?
Boas reflexões.
Muito se tem tentado discutir e analisar acerca do que é o populismo e quais são as suas origens. Esta tendência agudizou-se com a eleição de Trump. Considero que a este facto se tem juntado o aumento do ruído na análise, o que também não é novidade.
A escolha do vídeo de hoje visa evidenciar uma das razões (se não a principal) para a eleição de políticos como Trump, Salvini ou Macron por esse mundo fora no momento presente. A entrevista é conduzida por Charlie Rose a James Goldsmith e inclui uma troca de argumentos com uma tecnocrata da administração de Clinton (presidente os EUA à altura).
Não nos interessam aqui as considerações pessoais (quem é fulano, o que fez e por aí fora), antes considerar a capacidade de antever certos resultados económicos, sociais ou políticos. Bem como assinalar a natureza da distorção da análise ao fenómeno do "populismo". A discussão (o ruído) que se faz, julgo, evita olhar as causas políticas e económicas que mobilizam os eleitorados. O que só pode ser intencional. A constante desvalorização de certas vozes que antecipam certos resultados (tão certeiros afinal!) só pode ser intencional.
Que bom que seria ter hoje a mesma tecnocrata a analisar as dinâmicas económicas, financeiras e sociais dos últimos vinte anos, depois desta troca de pontos de vista.
Seremos capazes de seguir a argumentação de Goldsmith, dos seus pressupostos às suas consequências? Serão assim tão difícil de reconhecer algumas (se não as mais importantes) raízes do discurso de alguns políticos (a que se chama populista) e da resposta (esperada e injusta, aliás) dos curadores de serviço? Seremos capazes de reconhecer o desenvolvimento das políticas dos últimos trinta anos, das suas consequências? Reconhecemos quem lucra com este estado de coisas?
Considerem-se também as visões do entrevistado relativamente ao projecto europeu, das suas instituições e políticas. Pese-se a qualidade, a acutilância e a profundidade das suas observações.
Quantos, como Goldsmith, poderia esperar estar tão certo tantos anos depois?
Boas reflexões.
terça-feira, 11 de setembro de 2018
Delícias de uma noite de Verão
"As guerras e as dívidas dos estados sempre estiveram ligados"
O pequeno vídeo que partilhamos hoje ilustra a história dos mecanismos de que os estados dispõem para fazer a guerra. No caso, o vídeo apresenta, com detalhe, as ideias, os mecanismos e as estratégias que o Reino Unido colocou em prática para empurrar (ludibriar até) os cépticos a fazer parte do esforço de guerra, através da emissão de obrigações e da sua subscrição, relativamente à primeira guerra.
Note-se o modo como o governo geriu o processo de falência do compromisso em 1932, das manobras junto da imprensa para iludir a realidade e a qualidade do "produto tóxico" que o estado estava a oferecer ao mercado e aos investidores.
Veja-se também o período em que pôde durar tal mascarada - o empréstimo foi pago em 2015.
Atente-se no papel intenso da propaganda (até nos restaurantes de fazia campanha para a conversão das condições do empréstimo) e - atenção - o apelo ao patriotismo. Alguém nota semelhanças?
Estas mentes brilhantes - são tantas e por tanto tempo - não hesitam em socorrer-se da manipulação e da mentira para fazer as pessoas e os mercados a participar destas trapaças.
Por que razão tal estratégias serão necessárias?
Importa pensar que mecanismos se foram desenvolvendo para fazer face aos compromissos posteriores (da Iª Grande Guerra em diante). Desconfio que serão ainda mais subtis e suportados por manobras de manipulação mais insidiosas. Desconfio, sim.
O pequeno vídeo que partilhamos hoje ilustra a história dos mecanismos de que os estados dispõem para fazer a guerra. No caso, o vídeo apresenta, com detalhe, as ideias, os mecanismos e as estratégias que o Reino Unido colocou em prática para empurrar (ludibriar até) os cépticos a fazer parte do esforço de guerra, através da emissão de obrigações e da sua subscrição, relativamente à primeira guerra.
Note-se o modo como o governo geriu o processo de falência do compromisso em 1932, das manobras junto da imprensa para iludir a realidade e a qualidade do "produto tóxico" que o estado estava a oferecer ao mercado e aos investidores.
Veja-se também o período em que pôde durar tal mascarada - o empréstimo foi pago em 2015.
Atente-se no papel intenso da propaganda (até nos restaurantes de fazia campanha para a conversão das condições do empréstimo) e - atenção - o apelo ao patriotismo. Alguém nota semelhanças?
Estas mentes brilhantes - são tantas e por tanto tempo - não hesitam em socorrer-se da manipulação e da mentira para fazer as pessoas e os mercados a participar destas trapaças.
Por que razão tal estratégias serão necessárias?
Importa pensar que mecanismos se foram desenvolvendo para fazer face aos compromissos posteriores (da Iª Grande Guerra em diante). Desconfio que serão ainda mais subtis e suportados por manobras de manipulação mais insidiosas. Desconfio, sim.
quinta-feira, 6 de setembro de 2018
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