É muito curiosa a situação que os meios de comunicação convencional (comentário incluído) reservam a Snowden e ao que fez. Pode ser desconhecimento meu, mas por cá não se vê (ou lê) nada de análise mais profunda e contextualizada do que ele fez, do exílio a que teve de submeter-se (bem como a situação de Greenwald, mas este no Brasil) e das implicações das suas revelações. O mesmo para o papel dos jornalismo e da sua condição na construção de uma narrativa independente do poder. O que se passou em torno do Guardian e de Greenwald dava seguramente um enredo para um excelente livro ou filme. Refiro-me a uma análise crítica, não à expressão da europeia raiva anti-americana (que é apenas fruto de amuo e má consciência). Por outro lado, este reconhecimento através do Pulitzer pode ser entendido como uma chamada de atenção quanto à lacuna relevante de ambos os jornais na sua função crítica face ao poder. Sem correr o risco de exagero, é como se este prémio sinalizasse uma ausência no escrutínio que os jornais exercer face ao poder durante décadas. Assim, de repente, as escutas Watergate foram há… quarenta, cinquenta anos? Depois disso só jornalismo de causas. Não será?
7 comentários:
tenho por vezes dificuldade em aceitar muitas posições porque passam a vida a fazer desinformação
por isso se continua a dizer
“YO NON CREO EN BRUJAS, PERO QUE LAS HAY, LAS HAY.”
Caro floribundus,
Muito saudável, esse cepticismo.
Saudações
É muito curiosa a situação que os meios de comunicação convencional (comentário incluído) reservam a Snowden e ao que fez.
Pode ser desconhecimento meu, mas por cá não se vê (ou lê) nada de análise mais profunda e contextualizada do que ele fez, do exílio a que teve de submeter-se (bem como a situação de Greenwald, mas este no Brasil) e das implicações das suas revelações. O mesmo para o papel dos jornalismo e da sua condição na construção de uma narrativa independente do poder. O que se passou em torno do Guardian e de Greenwald dava seguramente um enredo para um excelente livro ou filme.
Refiro-me a uma análise crítica, não à expressão da europeia raiva anti-americana (que é apenas fruto de amuo e má consciência).
Por outro lado, este reconhecimento através do Pulitzer pode ser entendido como uma chamada de atenção quanto à lacuna relevante de ambos os jornais na sua função crítica face ao poder. Sem correr o risco de exagero, é como se este prémio sinalizasse uma ausência no escrutínio que os jornais exercer face ao poder durante décadas. Assim, de repente, as escutas Watergate foram há… quarenta, cinquenta anos? Depois disso só jornalismo de causas.
Não será?
LV
Caro Eduardo
leio pela 3ª vez, agora na Net, o livro 'rebelião das massas' que Ortega y Gasset escreveu em 1926
fixei que o citadino vive numa prisão com excesso de presos
que as esquerdas propõem tiranias
que os politicos apagam as luzes para que todos os gatos pareçam pardos
Abraço
Floribundus,
Pode partilhar a ligação para o livro de Ortega que cita?
Desde já, obrigado.
LV
Meu Caro
em tempos tive uma edição em Castelhano
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/ortega.pdf
Floribundus,
Muito grato pela ligação.
LV
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