terça-feira, 28 de outubro de 2014

Os tremendos custos não visíveis da regulação estatal

Ontem, referia-me aqui às consequências directas e mensuráveis - e por isso percepcionáveis - de recentes "medidas" governamentais. Foi o "perigo" dessa percepção que explica que o ministro "artesão", "batalhador" e "persistente" sentisse a necessidade de rapidamente vir a terreiro para tentar baralhar os incautos ao afirmar "[não haver] razões para assustar as pessoas com aumentos que não estão previstos, a partir da fiscalidade verde".

Sucede que, as mais das vezes, as "medidas" governamentais produzem impactos que não são nem imediatamente visíveis, nem facilmente mensuráveis e, por conseguinte, com efeitos dificilmente percepcionados pelo comum das pessoas. É este o caso de TODA a actividade regulatória estatal, provenha ela da administração pública ou de "autoridades" supostamente independentes, altruístas e omniscientes. Entre nós, a secular arrogância do estado centralista e a ausência de uma pressão da opinião pública efectiva vai permitindo que aquele não sinta necessidade de quantificar e divulgar publicamente os impactos financeiros das "medidas" que vai coleccionando a uma velocidade cada vez mais vertiginosa. Noutras longitudes não é assim, ilustrando a imagem abaixo a enorme relevância dos custos da regulação estatal (no caso, referentes à actividade industrial nos EUA em 2012). Entretanto, por cá há quem recorra - julgo que com sucesso - ao colorido do vernáculo para tentar tornar visível aquilo que se esconde propositadamente do escrutínio público.



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