O Mal e a natureza do arranjo
A presente entrevista mostra, com detalhe, franqueza e humor por que razões, não obstante mudem as caras e as vozes dos personagens que exercem o poder, a narrativa se vai concretizando. Sem sobressaltos no centro da peça. Por muitos tumultos e distracções pelos quais a periferia e respectivos personagens secundários vá passando, o guião é para seguir.
É muito salutar que haja quem desvele, com esta simplicidade, os meandros das relações entre negócios (neste caso a banca) e o poder político. Quem dê a cara mostrando os contornos, nomeando as pessoas e os actos, e que leve ao fim as consequências desse seu conhecimento. Enfrentando, para além das reacções dos crentes e amigos, os solavancos de uma máquina de Justiça que mais parece uma debulhadora que encrava a cada grande passo.
Mais do que a agitação jornalística, oportunisticamente sincronizada com episódios de ascensão e queda de personagens políticos, a medida da maturidade da sociedade que somos pode fazer-se pelo exercício de cidadania que o entrevistado, aqui, evidencia.
Alguns dirão que essa conduta é, na sua essência, a verdadeira forma de estabelecer os controlos e os balanços da máquina e do sistema institucional e político. Pergunto se, ainda assim, esses esforços são suficientes?
E se o Mal, porque transversal, faz parte do arranjo?
A presente entrevista mostra, com detalhe, franqueza e humor por que razões, não obstante mudem as caras e as vozes dos personagens que exercem o poder, a narrativa se vai concretizando. Sem sobressaltos no centro da peça. Por muitos tumultos e distracções pelos quais a periferia e respectivos personagens secundários vá passando, o guião é para seguir.
É muito salutar que haja quem desvele, com esta simplicidade, os meandros das relações entre negócios (neste caso a banca) e o poder político. Quem dê a cara mostrando os contornos, nomeando as pessoas e os actos, e que leve ao fim as consequências desse seu conhecimento. Enfrentando, para além das reacções dos crentes e amigos, os solavancos de uma máquina de Justiça que mais parece uma debulhadora que encrava a cada grande passo.
Mais do que a agitação jornalística, oportunisticamente sincronizada com episódios de ascensão e queda de personagens políticos, a medida da maturidade da sociedade que somos pode fazer-se pelo exercício de cidadania que o entrevistado, aqui, evidencia.
Alguns dirão que essa conduta é, na sua essência, a verdadeira forma de estabelecer os controlos e os balanços da máquina e do sistema institucional e político. Pergunto se, ainda assim, esses esforços são suficientes?
E se o Mal, porque transversal, faz parte do arranjo?
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