«[A]penas se espera que o Syriza cumpra a totalidade do seu programa o quanto antes. Que o cumpra, de resto, sem interferências externas de nenhum tipo: nem para o penalizar nem para o privilegiar; ou seja, nem bloqueios comerciais nem tão-pouco injecções de liquidez por parte do BCE que violem os seus próprios estatutos. Regras iguais para todos e que cada um, adentro dessas regras, aja como melhor entenda, assumindo responsavelmente as consequências das suas acções.
Por vezes é essencial que uns poucos se equivoquem para evitar que todos os demais o façam. Dos erros visíveis alheios pode-se aprender muito mais do que com os ignotos sucessos próprios; é por esta razão que, por exemplo, as falências empresariais são tão importantes: porque fornecem um alerta a todos relativamente a um caminho que não deve ser adoptado. É verdade que, pese embora a eloquência de certos fracassos, não há garantias de que o ser humano não opte por tropeçar duas, três ou vinte vezes na mesma pedra. Porém, desde logo, as probabilidades de não repetir na nossa própria carne os fiascos de outros são maximizadas quando o fiasco alheio deixa de ser meramente hipotético e se torna numa realidade palpável.
Assim, o Syriza deveria conciliar o mais amplo apoio internacional possível para que execute com a maior brevidade a totalidade do seu programa: os seus eleitores e simpatizantes deveriam exigi-lo por elementar coerência; o resto dos europeus não simpatizantes, por simples sobrevivência. É hora de passar das palavras aos actos e dos actos à responsabilidade.»
Juan Rámon Rallo (25-01-2015)
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
A propósito da Grécia - Citação do dia (182)
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