"Os mercados financeiros modernos são um jogo de objectos impossíveis. Num mundo onde, globalmente, os bancos centrais manipulam o custo do risco, a mecânica da descoberta dos preços está separada da realidade, resultando em expressões paradoxais de valor que não deviam existir de acordo com uma eficiente teoria do mercado. Medo e segurança são agora permutáveis num jogo especulativo de alto risco."
Christopher Cole (2012)
sábado, 17 de janeiro de 2015
Citação do dia (181)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Não posso estar mais de acordo.
Caro Vivendi,
Arrisco que a frase: "Medo e segurança são agora permutáveis num jogo especulativo de alto risco." não vale apenas para os mercados considerados globalmente. Vale, julgo, também para a condução da narrativa colectiva, num esforço de descarado condicionamento que, já atordoados, muitos não sabem identificar. Quanto mais compreender.
Como tentei expressar na "Sinopse da peça colectiva" (http://espectadorinteressado.blogspot.pt/2015/01/sinopse-da-peca-colectiva.html), os extremos são "empacotados" num tipo de ready-made informativo/cognitivo num intento de anular a compreensão e o interesse pelo que se passa.
Um jogo de alto risco, efectivamente.
Saudações,
LV
" ... descarado condicionamento que, já atordoados, muitos não sabem identificar. Quanto mais compreender. ..."
...
" ... os bancos centrais manipulam ..."
...
E quem controla os bancos centrais?.
Aceitam-se os habitualmente esclarecidos alvitres.
Saudações.
Caro JS,
Não vale a pena fingir. Os bancos centrais são "entidades reguladoras" que não regulam nada, como sabemos. Quanto muito garantem uma imagem de tranquilidade no desenvolvimento do negócio bancário. Como se vê por cá, nos casos BPP, BPN e BES. Isto sondando apenas a superfície...
E de cada vez que há uma imagem mais abrangente de todo o processo BES, mais claro fica que a natureza do papel do governador do BdP é, essencialmente, político.
De resto, ocorrem-me as mais recentes declarações de Mira Amaral acerca de como se comportam certos "banqueiros/empresários" (notem-se as aspas!) para demonstrar a natureza contraditória do regulador, umas vezes decorativa. Outras política. Quando convém, bem entendido.
Saudações,
LV
Enviar um comentário