"O que se está a tentar, deixa-nos mais longe dos objectivos defendidos publicamente", Lacy Hunt
No final de uma semana temperada por dramas gregos, importa dar continuidade à análise dos problemas tal como eles são. E não como eles nos parecem ser, quando acompanhamos de perto as dinâmicas da narrativa oficial.
Perante a magnitude dos erros acumulados, julgo que a Europa terá ganho - apenas - algum tempo. O desfecho “desta crise grega” não terá resolvido nada de substancial e estes desenvolvimentos são, essencialmente, expressões das disputas no xadrez político de cada nação. O que assistimos nas últimas semanas foi uma disputa pela salvaguarda de alguns espaços de acção política, e respectiva legitimidade, face aos desafios que cada nação enfrenta no futuro próximo. Só depois as diferentes partes/nações olham para o todo da Zona Euro e para uma janela de tempo mais distante.
Face à necessidade de olhar mais para a frente e de comprender a natureza dos desafios que vamos encontrar, propomos a entrevista a Lacy Hunt. Ela faz parte de uma colecção de entrevistas e reflexões em torno da “Idade Dourada dos Bancos Centrais” e da sua política de repressão financeira que não posso recomendar demais. Assim haja tempo para isso.
Poupando as apresentações que serão feitas no início da entrevista, avanço apenas alguns dos tópicos nela abordados. E eles são:
- as consequências das baixas taxas de juro e os ciclos económicos;
- o que o passado ensina acerca da guerra monetária em curso;
- (alguns d)os erros macroeconómicos de Keynes;
- as distorções impostas na leitura da realidade económica;
- os erros das políticas monetárias mundiais – os riscos no Ocidente e Oriente;
- as monumentais taxas de dívida (total face ao PIB) dos EUA ao Japão, passando pela Zona Euro (de um mínimo de 350% a um máximo de 650% do PIB!!!);
- o que fazem os bancos e as instituições financeiras para alimentar a ilusão do crescimento actual;
- os erros e os maus investimentos, nas actuais circunstâncias, ainda ajudam os governos;
- a situação americana no curto-prazo e o sofirmento que há-de vir do abrandamento (não crescimento, note-se!) económico.
São quarenta minutos de lucidez e franqueza, fundamentais antídotos ao nevoeiro a que nos tentam conduzir os personagens do costume. Sejam eles de dramas vagamente clássicos, ou de reverberações históricas de motivação perigosa.
Votos de um excelente fim-de-semana.
No final de uma semana temperada por dramas gregos, importa dar continuidade à análise dos problemas tal como eles são. E não como eles nos parecem ser, quando acompanhamos de perto as dinâmicas da narrativa oficial.
Perante a magnitude dos erros acumulados, julgo que a Europa terá ganho - apenas - algum tempo. O desfecho “desta crise grega” não terá resolvido nada de substancial e estes desenvolvimentos são, essencialmente, expressões das disputas no xadrez político de cada nação. O que assistimos nas últimas semanas foi uma disputa pela salvaguarda de alguns espaços de acção política, e respectiva legitimidade, face aos desafios que cada nação enfrenta no futuro próximo. Só depois as diferentes partes/nações olham para o todo da Zona Euro e para uma janela de tempo mais distante.
Face à necessidade de olhar mais para a frente e de comprender a natureza dos desafios que vamos encontrar, propomos a entrevista a Lacy Hunt. Ela faz parte de uma colecção de entrevistas e reflexões em torno da “Idade Dourada dos Bancos Centrais” e da sua política de repressão financeira que não posso recomendar demais. Assim haja tempo para isso.
Poupando as apresentações que serão feitas no início da entrevista, avanço apenas alguns dos tópicos nela abordados. E eles são:
- as consequências das baixas taxas de juro e os ciclos económicos;
- o que o passado ensina acerca da guerra monetária em curso;
- (alguns d)os erros macroeconómicos de Keynes;
- as distorções impostas na leitura da realidade económica;
- os erros das políticas monetárias mundiais – os riscos no Ocidente e Oriente;
- as monumentais taxas de dívida (total face ao PIB) dos EUA ao Japão, passando pela Zona Euro (de um mínimo de 350% a um máximo de 650% do PIB!!!);
- o que fazem os bancos e as instituições financeiras para alimentar a ilusão do crescimento actual;
- os erros e os maus investimentos, nas actuais circunstâncias, ainda ajudam os governos;
- a situação americana no curto-prazo e o sofirmento que há-de vir do abrandamento (não crescimento, note-se!) económico.
São quarenta minutos de lucidez e franqueza, fundamentais antídotos ao nevoeiro a que nos tentam conduzir os personagens do costume. Sejam eles de dramas vagamente clássicos, ou de reverberações históricas de motivação perigosa.
Votos de um excelente fim-de-semana.
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