"As políticas dos Bancos Centrais correspondem a piscar para a direita, mas virar à esquerda."
As novas políticas dos Bancos Centrais
Com a coordenação de Robert Johnson, neste longo vídeo, procuram-se analisar as novas dimensões das acções e intenções das instituições que têm o nome de Bancos Centrais. Através do suporte quantitativo, os intervenientes constroem os movimentos da evolução dessas instituições, assinalando, especialmente, a mutação de infraestrutura de salvaguarda para o papel de agentes activos na construção e promoção dos mercados.
Num segundo momento da conferência, foca-se a reflexão nas consequências das acções dos Bancos Centrais ao plano global. E essa reflexão, segundo Andrew Sheng tem de passar pela admissão da manipulação implícita na acção e discurso público dos seus responsáveis, em particular na dissimulação das crescentes desigualdades sociais e económicas. Essa reflexão é enriquecida pela referência aos derivativos, às novas tecnologias, as novas “moedas” que os Bancos Centrais não controlam e os mercados emergentes.
Num terceiro momento, colocam-se em perspectiva as diferentes visões acerca das políticas dos Bancos Centrais: a antiga e a nova. Ainda que a análise se circunscreva à relação entre uma instituição (banco central) e a respectiva comunidade política, deixando em suspenso a análise da actual Zona Euro e do BCE, ficam indícios dos paradoxos que a actual situação europeia possui.
Discutem-se também processos de legitimidade da acção dos Bancos Centrais – inquestionável antes de 2007/08 – que passam a estar em causa nas recentes políticas dos Bancos Centrais, sendo necessário considerar que modos e narrativas se estão a desenvolver para colmatar essa ausência de legitimidade. Especialmente quando a janela de tempo e o alcance das consequências das decisões por eles assumidas aumentam tão grandemente.
Será que a presente justificação institucional de que as decisões são suportadas pelos melhores modelos matemáticos e computacionais são justificação que chegue?
Será que essas justificações têm alguma economia nelas? Será que é possível regressar à ortodoxia pré-crise?
O período de perguntas e respostas - ainda que mais técnico - é especialmente rico. Quanto à Grécia, por exemplo.
Votos de um excelente fim-de-semana.
As novas políticas dos Bancos Centrais
Com a coordenação de Robert Johnson, neste longo vídeo, procuram-se analisar as novas dimensões das acções e intenções das instituições que têm o nome de Bancos Centrais. Através do suporte quantitativo, os intervenientes constroem os movimentos da evolução dessas instituições, assinalando, especialmente, a mutação de infraestrutura de salvaguarda para o papel de agentes activos na construção e promoção dos mercados.
Num segundo momento da conferência, foca-se a reflexão nas consequências das acções dos Bancos Centrais ao plano global. E essa reflexão, segundo Andrew Sheng tem de passar pela admissão da manipulação implícita na acção e discurso público dos seus responsáveis, em particular na dissimulação das crescentes desigualdades sociais e económicas. Essa reflexão é enriquecida pela referência aos derivativos, às novas tecnologias, as novas “moedas” que os Bancos Centrais não controlam e os mercados emergentes.
Num terceiro momento, colocam-se em perspectiva as diferentes visões acerca das políticas dos Bancos Centrais: a antiga e a nova. Ainda que a análise se circunscreva à relação entre uma instituição (banco central) e a respectiva comunidade política, deixando em suspenso a análise da actual Zona Euro e do BCE, ficam indícios dos paradoxos que a actual situação europeia possui.
Discutem-se também processos de legitimidade da acção dos Bancos Centrais – inquestionável antes de 2007/08 – que passam a estar em causa nas recentes políticas dos Bancos Centrais, sendo necessário considerar que modos e narrativas se estão a desenvolver para colmatar essa ausência de legitimidade. Especialmente quando a janela de tempo e o alcance das consequências das decisões por eles assumidas aumentam tão grandemente.
Será que a presente justificação institucional de que as decisões são suportadas pelos melhores modelos matemáticos e computacionais são justificação que chegue?
Será que essas justificações têm alguma economia nelas? Será que é possível regressar à ortodoxia pré-crise?
O período de perguntas e respostas - ainda que mais técnico - é especialmente rico. Quanto à Grécia, por exemplo.
Votos de um excelente fim-de-semana.
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