A equipa de sábios do Banco Central Europeu (BCE) prometeu. E cumpriu. A orientação prospectiva que manifestou é, apesar de tudo, espelho das dúvidas que existem na Europa. Da cartola tirou as taxas de juro negativas, condições especiais para operações de refinanciamento, mas ficou aquém de um programa de "facilitamento quantitativo" - QE à americana. Ou seja, não deu o passo que a FED já deu há muito - a da injecção directa de liquidez nos mercados financeiros. A FED assumiu essa política porque podia e não tinha dúvidas que o podia. Ou não queria deixar adivinhar hesitações a ninguém. Mas e a Europa? E o projecto europeu? Estariam os alemães disponíveis para a "solução americana"?
Seja como for estas medidas suscitam umas quantas perguntas. Não são originais, mas, julgo, oportunas:
- Pode o BCE obrigar os bancos a fornecerem mais crédito à economia? (estando com rácios de capital em limites - considerados até bem recentemente - baixos e sem terem do outro lado parceiros com bom perfil de risco);
- Mais dívida pode conduzir à prosperidade?
- De que forma a penalização da poupança conduz à criação de riqueza?
- Por que razão se tem, da deflação, um medo como do mar sem fim e dos monstros que o habitam?
Haverá alguém que articule respostas?
Isto, deixando toda a aparelhagem keynesiana de parte, claro.
Seja como for estas medidas suscitam umas quantas perguntas. Não são originais, mas, julgo, oportunas:
- Pode o BCE obrigar os bancos a fornecerem mais crédito à economia? (estando com rácios de capital em limites - considerados até bem recentemente - baixos e sem terem do outro lado parceiros com bom perfil de risco);
- Mais dívida pode conduzir à prosperidade?
- De que forma a penalização da poupança conduz à criação de riqueza?
- Por que razão se tem, da deflação, um medo como do mar sem fim e dos monstros que o habitam?
Haverá alguém que articule respostas?
Isto, deixando toda a aparelhagem keynesiana de parte, claro.
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