Um dos meus filhos entendeu, em exclusiva autonomia, cursar o mesmo curso que o pai frequentou há umas décadas atrás. Ora, tendo descoberto ontem que um dos seus professores também foi um dos meus, espero bem que ao contrário do que aconteceu comigo e com todos os meus colegas de curso, ele lhe ensine a economia da realidade e não a economia de uma realidade inexistente (a dos "modelos").
Espero que lhe ensine uma economia onde a poupança seja encarada como actividade propiciadora de maior consumo no futuro (para quem poupa e para os seus descendentes) pelo sacrifício no consumo presente; espero que lhe ensine a importância de os agentes económicos manterem um orçamento superavitário ou, pelo menos, equilibrado e que, quando de todo se tornar necessário o recurso ao crédito, haja a preocupação deste último ser empregue de forma reprodutiva; espero que lhe transmita a importância da divisão do trabalho e de como dela depende o crescimento económico à escala regional, local, internacional ou mundial (globalização); espero, enfim, que lhe não escamoteie que o sistema capitalista é o sistema económico mais justo que até hoje foi inventado, pois é aquele que permite que todos, em simultâneo, beneficiem do crescimento económico que ele possibilita.
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