A campanha a favor do sim no refendo suíço para a repatriação e reconstituição das reservas de ouro do banco central suíço (Swiss Gold Initiative), ainda nem começou, mas os seus promotores já começaram a sentir as consequências da sua ousadia. Levadas a cabo do mesmo modo que as intervenções no mercado do ouro, as pressões e acções inusitadas já se podem identificar e fazer sentir. Neste caso, sobre uma empresa que está a recolher donativos e vai liderar a campanha nos meios de comunicação social a favor do sim. Leia-se - "Um caloroso agradecimento": A Paypal retirou a possibilidade de indivíduos poderem fazer donativos para a campanha, usando o seu sistema de transacções.
Atente-se nas razões apresentadas. A tensão cresce. Desespero?
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Radar
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3 comentários:
Singelo, excelente "post".
Ps. E a "Portuguese Gold Initiative"?. :-)
LV,
Mais um oportuno post, sobre um oportuno tema que vai passando inobservado por muitos, mas não por aqueles que insistem em "Teimosamente lembrando a importância da Liberdade". Neste referendo de 30 novembro p.f., que já vem sendo preparado desde sensivelmente março/abril de 2013, não está em causa só o repatriamento do metal precioso, em causa está também a proibição de desbaratar a já muito reduzida reserva de ouro do Swiss National Bank, ocorrida na última década, e ainda a obrigação daquele organismo em deter pelo menos 20% das suas reservas em ouro.
Estas consultas populares, que amiúde se realizam por aqueles lados, vem na sequência da tomada de consciência de que o ouro é, neste momento, o ativo mais valioso registado nas peças financeiras que o Banco Central Helvético exibe.
Saudações
Caro JS,
Seria muito importante que, nos tempos que correm, tal iniciativa tivesse lugar.
Consegue imaginar que, nesta modorra, algum personagem político inicie tal discussão? A mim parece-me uma hipótese tão remota que parece dirigir-se a outra realidade que não a nossa. Mas se há alguma coisa que deveríamos fazer para preparar o futuro, a "Inciativa do Ouro Português" seria uma das primeiras.
Caro SAC,
Desde o Acordo do Ouro de Washington (WAG, na literatura), que os bancos centrais - americano, vários europeus - têm ouro no cerne das suas reservas. Ocupando um lugar central, não lateral. O BCE, inclusive, tem, no seu balanço, o ouro como reserva monetária (core tier 1). Curioso não é?
Mais curioso ainda é que, como refiro nas palavras que dirijo a JS, não há ninguém que se preocupe em saber, em questionar e responsabilizar as autoridades acerca das nossas reservas de ouro.
Temos, pelo contrário, um palco em que a comunicação social vulgar (a especializada também é vulgar) prolonga a repressão e o encobrimento de posições críticas do actual sistema de papel. O último exemplo são alguns dos artigos do Observador aquando das "comemorações internacionais da poupança" (repare nas aspas), em que se faz a apologia das apostas de casino em papel que conduziram, nos mercados globais à crise de 2007/08, ou às crises e respectivos ataques ao preço dos metais preciosos para defender os jogos de papel e a estabilidade das moedas.
Continuemos o estudo e a partilha. Teimosamente.
Saudações a ambos,
LV
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