terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Radar

A Holanda, para além de ter equacionado em 2012 juntamente com os alemães a criação de uma moeda própria, depois de terem repatriado parte das suas reservas (122 toneladas) em ouro que estavam em Nova Iorque, procedeu à compra de mais ouro no mercado em Dezembro passado. Pela primeira vez em dezasseis anos. Ritmo.
A Índia importou mais de sete mil toneladas de prata em 2014.
Ritmo.

5 comentários:

Eduardo Freitas disse...

Cafo LV,

Negar, negar sempre até não mais o poder fazer?

Em qualquer caso, são múltiplos os sinais que indiciam que 2015 irá ser um ano prenhe de acontecimentos. Alguns já começaram.

SAC disse...

LV,

Apesar de nem sempre interventivo, tenho acompanhado os seus posts, com peculiar interesse os alusivos a metais preciosos, e como o Eduardo anteriormente reforçou - e bem -, os sinais dados nesta matéria são mais que muitos.
Conforme o LV tem amiúde demonstrado as ocorrências não sucedem underground, mas bem às claras. Talvez por isso, e face à sua grandeza/dimensão, são para mim no mínimo inquietantes, pois não consigo antecipar na sua plenitude, e com razoável grau de certeza, as consequências e utilidade prática [bem entendido], que tamanhas reservas terão no contexto mundial(?), para China e Índia, só para citar estes dois.
Deixo-lhe, e por ser um conhecedor e ESPECTADOR INTERESSADO nestas matérias, um link que acredito contém alguma informação interessante. Sendo o assunto - metais preciosos, corro o risco de lhe sugerir algo que já conhece, mas ainda assim arrisco…

www.gold-eagle.com/article/gold-owners-guide-2015

Saudações


LV disse...

Caro Eduardo,

A negação já começou, efectivamente. Teve honras de comunicado à imprensa por parte do DNB e tudo! O mais engraçado nesta história é que a discrepância não é entre os media e o DNB, mas entre o FMI e o DNB! É que foi o FMI que divulgou os primeiros dados!
Pode ver por que razão tenho sentido dificuldades em encontrar fontes seguras para estudar a situação e a natureza das nossas próprias reservas!
É um mundo muito fechado e controlado. Mas estes episódios ajudam a trazer alguma luz às dúvidas que persistem. Assim como as fraquezas do "esquema".
Tem toda a razão: este ano revela o acelerar das coisas que estavam a fermentar por debaixo da pele nos anos anteriores. Ritmo.
Gota a gota até verter. Ritmo.

Saudações teimosas,
LV

LV disse...

Caro SAC,

Um qualquer atraso na edição dos comentários, fez com que só agora pudesse ler o seu.
Antes de mais, arrisque sempre em partilhar informação que julgue relevante. Aqui pelo Espectador Interessado, gostamos de leitores participativos.
Analisarei a informação que o endereço possuir e, assim que possa, dou uma resposta. Pelo que posso antecipar, será um artigo de abertura de cada ano que Mike Kosares faz (o seu USAGold é uma ferramenta de aprendizagem muito útil). Depois devolvo-lhe umas palavras.

Aceite o meu agradecimento pelo interesse e pela partilha.
Saudações,
LV

LV disse...

SAC,

Confirmo aquilo que lhe tinha avançado numa primeira resposta. A ligação que me dirigiu conduzia ao artigo de balanço que MKosares faz no final/início de cada ano.
É uma excelente síntese de aspectos centrais para compreender o ano que passou e perspectivar 2015.

No que diz respeito a previsões (e honra seja feita a MKosares que apresenta desde as mais pessimistas às mais optimistas), todo o cuidado é pouco.
É necessário ter presente que MKosares escreve tendo por fundamento as teses e os raciocínios de Strauss & Howe expressos em "The Fourth Turning". Ou seja, simplificando muito a sua visão é moldada pelo enquadramento dos ciclos históricos e geracionais. De ideias e comportamentos. Pelo que a leitura e compreensão destes seus balanços são úteis. Mas tem de se ter esses ciclos em consideração.

Relativamente ao muito positivo movimento do preço do ouro em euros nos últimos 30/40 dias, é fundamental compreender que, não obstante o aumento da procura física, os negociadores dos futuros (oferta sintéctica) comandam toda a volatilidade, todos os movimentos nos preços.
Considero que seria muito promissor, para quem não quer apanhar sustos, se o preço chegasse a Abril num crescendo lento e seguro. Isso daria uma perspectiva para o médio-prazo de recuperação dos valores de 2012/13. E daí por diante, numa subida consolidada.
No entanto, o período de Fevereiro e Março pode corresponder a um descida nos preços. A acontecer pode ser dramática (e assustar muita gente - e não é o meu caso), adiando a retoma do sentido crescente do preço para o final de 2015, início de 2016.

Como já tive oportunidade de lhe dizer, o fundamental é saber por que razão se poupa em metal precioso. Se, como disse Kyle Bass, uma pessoa deseja colocar um travão à imaginação e à leviandade dos políticos e dos bancos centrais, então, poupar em ouro é muito prudente. E estas dinâmicas de preços são, honestamente, irrelevantes. Para mim, elas não ofuscam o valor que reconheço ao metal propriamente dito. É assim tão simples.

Saudações,
LV