Realismo intervencionista
Há muito que nem os apaixonados pela "mão macia" da diplomacia se opõem a nada disto. Talvez tenham acompanhado sempre a intenção, mesmo que não a acção propriamente dita destes "falcões".
Veja-se como se justificam, com a simplicidade de uma martelada, as intervenções, os discursos, as sanções que os EUA impõem por esse mundo fora. Até a NATO - como artifício institucional - se desmascara aqui.
Sinto arrepios. E os leitores?
Há muito que nem os apaixonados pela "mão macia" da diplomacia se opõem a nada disto. Talvez tenham acompanhado sempre a intenção, mesmo que não a acção propriamente dita destes "falcões".
Veja-se como se justificam, com a simplicidade de uma martelada, as intervenções, os discursos, as sanções que os EUA impõem por esse mundo fora. Até a NATO - como artifício institucional - se desmascara aqui.
Sinto arrepios. E os leitores?
5 comentários:
Também! os "mecanismos" ocultos de controlo político e económico externo por parte dos EUA, são arrepiantes. Nós, europeus, temos uma dívida de gratidão para com os americanos, mas a verdade é que em ambos as GGM, fizeram-se pagar bem caro; primeiro exigindo a guarda das reservas de ouro dos aliados e depois exigindo aos ingleses igualdade de acesso às suas colónias. Gratidão, admiração, esperança mas também medo, misturam-se quando penso nos EUA, cujo altruísmo é sempre interessado.
António Barreto,
Sinto os arrepios e uma estranheza que resulta da mesma constatação que assinala. É a consistente destruição da imagem de um bastião de inovação e liberdade. Talvez seja esse o destino dos impérios, por muito promissor que nos possam parecer as suas motivações iniciais.
E não sejamos ingénuos, muitos são aqueles que pretendem, deste lado do Atlântico, promover dinâmicas semelhantes. Para garantir a paz com o "guarda americano", mas também para manter acesa a chama da unificação europeia - essa doença que teima avançar contra a própria natureza da coisa Europa.
Saudações,
LV
Caroo LV,
Não são muitos os momentos em que a crueza do discurso da verdade emerge do habitual e denso nevoeiro da dissimulação do poder, particularmente do imperial. Este será um outro. Como este.
Obrigado, meu caro, pela partilha deste eloquente documento.
Saudações,
Eduardo Freitas
As tensões entre o Kremlim e o Ocidente voltaram ontem a aumentar, quando a Rússia avisou a Dinamarca de que será alvo das suas armas nucleares, caso tome parte no escudo ant-missil da NATO.
As tensões entre o Kremlim e o Ocidente voltaram ontem a aumentar, quando a Rússia avisou a Dinamarca de que será alvo das suas armas nucleares, caso tome parte no escudo ant-missil da NATO.
“Se isso acontecer, então os navios de guerra dinamarqueses serão alvos para as armas nucleares russas. ADinamarca tornar-se-á numa ameaça para a Rússia”, avisou Mikhail Vanin, embaixador russo para este país nórdico, num artigo publicado no jornal Jyllands-Posten.
Caro Anónimo,
Escusa de fazer a simples colagem de excertos de jornal. Exponha, simplesmente, o que pensa acerca dos assuntos.
Peço-lhe que considere o seguinte:
- não se dirá, aqui pelo Espectador Interessado, que Putin é o modelo de governante/líder/político;
- não é sustentável manter uma visão tão distorcida por muito mais tempo acerca da responsabilidade dos EUA em variados problemas (do passado e do presente), estimulando uma dicotomia simplificadora que anula qualquer compreensão correcta e objectiva da história;
- basta estar a par do esforço intervencionista dos EUA (e da NATO é claro) por esse mundo fora para compreender que há um grande esforço de ocultação das suas reais e cabais responsabilidades no deflagrar de novos problemas e conflitos;
- há uma escalada muito perigosa, um efeito potenciador de cisões muito importantes para o Grande Jogo (de nível económico, financeiro e estratégico);
- consegue imaginar qual seria a reacção dos EUA se o México ou o Canadá colocassem forças militares ou mísseis (aka sistemas defensivos) nas suas fronteiras com os EUA?
É, justamente, por se ter como perigosa e lamentável a erosão do bastião de defesa de valores como a Liberdade, a Paz e a Prosperidade de que o Ocidente tanto se vangloria que importa apresentar a verdadeira natureza das intenções do Ocidente. Rejeitando a visão de "quem não está connosco, está contra nós", tão intensa como eficaz na anulação da opinião e das ideias diferentes.
Pode alguém aceitar que se faça - isso mesmo - faça história do modo como é explicitado no vídeo aqui apresentado? Só porque é americano ou francês ou português? E esperar respeitar a Liberdade?
Putin está apenas a aproveitar-se para expor esta fraqueza dos EUA e do Ocidente. Apresentá-lo aqui faz-me defensor de Putin? Mas como?
Saudações,
LV
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