Belmiro de Azevedo, intervindo nas II Jornadas da AEP/Serralves sobre a re-industrialização do país, no Porto. Alguns excertos:
“[O]s portugueses estão asfixiados por impostos”.
“O esforço fiscal incide sempre sobre os mesmos desproporcionadamente e, ainda por cima, na praça pública é dito ao contrário”.
“[O]s novos aumentos de tributação são populismo gratuito”.
“[O] argumento invocado pelo Governo de que é mais fácil e eficiente cobrar mais impostos é calaceiro”.
“Se o país terminar este doloroso ajustamento orçamental com mais impostos do que à partida já existiam nada teremos ganho”.
Sublinho, em particular, esta última afirmação de Belmiro de Azevedo. Ela não é muito diferente daquela outra que escrevi nesta ocasião aquando da divulgação do "Documento de Estratégia Orçamental". Cortar despesa pública, ainda que seja através da redução nominal dos salários, não é, de todo, equivalente a aumentar impostos. Acima de tudo, moralmente. Quem nos colocou na situação em que estamos foi o Estado quer através das administrações públicas, quer através do estado paralelo aqui incluindo as empresas públicas. É pois não apenas justo como estritamente necessária a redução, violenta, da despesa pública (em sentido lato). Do que não precisávamos, do que não precisamos, é de aumentos de impostos quando temos uma carga fiscal próxima da dos países nórdicos, com níveis de rendimento de 1/3 daqueles.
1 comentário:
Nem mais. Certos ministros dizem que leram Hayek, e nós fingimos que acreditamos...
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