No caso de Portugal, imaginar que as finanças públicas do país conseguirão, a curto ou a médio prazo, alavancar financeiramente a recuperação das empresas do estado é wishful thinking delirante. Se elas permanecerem sob gestão pública continuarão a ter prejuízos acumulados e cada vez maiores, e a prestar-se a destinos pouco empresariais, como albergar clientelas partidárias ou servir de veículos de propaganda governamental.
Por isso, seja para que o estado (os contribuintes) não tenham que continuar a suportar o agravamento desses prejuízos, seja para permitir que algumas dessas empresas se possam ainda salvar e manter o emprego a quem lá trabalha (não é certo que todas o consigam), seja ainda para que o estado possa receber alguma coisa por elas (quanto mais tempo passar, menos receberá), é vendê-las o quanto antes. Qualquer discurso sentimental que apele à preservação destas empresas no sector público, ou é apenas isso e só isso mesmo – emotividade sem racionalidade – ou esconde segundas e nefastas intenções.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Lucidez
Privatizar, por Rui a., um (lúcido) excerto:
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