Respondendo à alfinetadela do Riod'Oiro.
O Inenarrável tem uma pontaria infalível para estas coisas! Depois de começar por declarar que a 1ª prioridade económica era a Espanha, a 2ª também e a 3ª idem, aquele-que-nos-desgoverna não mais cessou de enunciar prioridades e foi o que se viu. Para além das da praxe - a afro-brasileira - depressa juntou a extraordinária Venezuela de Chávez para acrescentar, logo de seguida (sim que isto das prioridades é parecido com os chapéus), todos aqueles países aqui tão perto de nós e, afinal, tão exemplares no plano da estabilidade política que, por essa via, mereciam ser alvo da atenção das nossas equipas de "marketing de luxo" para a colocação dos excelentes produtos nacionais justamente merecedores do "empurrãozito" estatal, à cabeça dos quais se encontra, claro está, o funestamente designado de Magalhães.
O Inenarrável tem uma pontaria infalível para estas coisas! Depois de começar por declarar que a 1ª prioridade económica era a Espanha, a 2ª também e a 3ª idem, aquele-que-nos-desgoverna não mais cessou de enunciar prioridades e foi o que se viu. Para além das da praxe - a afro-brasileira - depressa juntou a extraordinária Venezuela de Chávez para acrescentar, logo de seguida (sim que isto das prioridades é parecido com os chapéus), todos aqueles países aqui tão perto de nós e, afinal, tão exemplares no plano da estabilidade política que, por essa via, mereciam ser alvo da atenção das nossas equipas de "marketing de luxo" para a colocação dos excelentes produtos nacionais justamente merecedores do "empurrãozito" estatal, à cabeça dos quais se encontra, claro está, o funestamente designado de Magalhães.
O Inenarrável, que visitou a Líbia por quatro vezes nos últimos cinco anos, foi recebido na sua primeira viagem à Líbia pelo líder líbio numa tenda beduína nos arredores de Trípoli logo nas primeiras horas do seu programa oficial e fez na ocasião declarações públicas a classificar Kadhafi como "um líder carismático". As coisas correram tão bem que na última visita realizada em Outubro passado, chegou a fazer uma noitada para acompanhar as comemorações do 41º aniversário da "Revolução líbia" (e da ascensão do Guia da Revolução, Líder e Irmão Fraterno, Muammar al-Kadhafi).
País fundador do “socialismo islâmico” cuja doutrina se encontra vertida no Livro Verde (em três volumes) escrito pelo próprio punho do Líder e Irmão Fraterno, a Líbia rapidamente se tornou num farol para todos aqueles adeptos do modelo de democracia popular de rosto islâmico que Kadhafi instituiu. Defensor estrénuo dos Direitos Humanos, o regime Líbio viria a ver reconhecido o seu empenho na sua defesa, muito em especial relativamente às mulheres, quer na versão de socialismo islâmico num só país, quer na de pan-arabismo com as sucessivas e frustradas propostas de fusão com o Egipto, Síria e Tunísia. Quando o pan-arabismo voluntário não funcionou O Guia da Revolução tentou primeiro um pan-arabismo pró-activo e actuante com a invasão do Chade a que se seguiram intervenções mais sub-reptícias na Serra Leoa, Libéria e no Sahara Ocidental.
Entretanto, nos anos 70 e 80, o Líder e Irmão Fraterno andou entretido – assim o acusam as más-línguas – a financiar variadas organizações e actividades terroristas. Daí resultou que o regime líbio viesse a ser abertamente acusado de estar por detrás de atentados bombistas monstruosos como os que ocorreram numa discoteca em Berlim e no derrube dois aviões de passageiros, um em África e outro, que ficaria famoso, em Lockerbie (1988), na Escócia, o que começou por negar veementemente. Reagan, na altura presidente dos EUA, entendeu levar a cabo uma violenta acção punitiva que – ao que se disse na altura – por pouco não eliminou o próprio Kadhafi . O certo é que em 2003 o regime líbio acaba, finalmente, por reconhecer a sua responsabilidade naqueles incidentes para o que terá contribuído, behind the scenes, a sua eleição para a presidência da Comissão de Recursos Humanos das Nações Unidas!
Mais tarde, em 2008, a Líbia aceita inclusivamente contribuir para a instituição de um fundo que visava compensar as vítimas daqueles atentados, acto que explicará, no mesmo ano, a decisão de George W. Bush em eliminar a Líbia da lista de países promotores do terrorismo. É assim com naturalidade (!) que, no ano passado, a Líbia voltou a ver um seu representante eleito para o Conselho dos Direitos Humanos no âmbito das Nações Unidas. Os acontecimentos que se estão a viver, e que já se saldaram em centenas de mortes, evidenciam a justeza do reconhecimento internacional por esse baluarte dos Direitos Humanos que é a Líbia de Kadhafi. Salvé!
Que os "rios de sangue" anunciados o levem de vez. Para a eternidade dos infernos.
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