deveriam ser suficientes para perceber que o discurso do corte das "gorduras" e da diminuição das "mordomias" adentro do perímetro estatal (empresas públicas incluídas) nunca passou de verbo de encher. A ideia sempre foi, acirrando os sentimentos mais miseráveis da populaça com a ajuda de uma subserviente e genericamente acéfala comunicação social, preparar o "terreno" para o que não podia deixar de vir. [Este discurso irá prosseguir (mais um episódio aqui, real ou fictício, pouco importa)].
E como Medina Carreira incansavelmente denunciou ao longo de décadas, num discurso dirigido a este país que se fez de cego e surdo, o caminho para o reequilíbrio, ao implicar a forte diminuição da despesa pública (que ultrapassou os 50%(!) do PIB em 2010) não pode deixar de passar, como aqui reconhecia, pela diminuição dos salários, das pensões, outras transferências e subsídios e, também, do investimento público. E a razão é prosaica: é que o resto, subtraindo os incompressíveis juros, não chega a representar 15% do total da despesa pública (os chamados consumos "intermédios").
Mas, se se ficar por aqui ou mesmo que se avance para despedimentos ou rescisões por mútuo acordo (muito provavelmente, inevitáveis em muitos casos), persiste a necessidade imperiosa de reduzir o espaço de intervenção do Estado no dia a dia dos cidadãos. Se não o fizermos, o mais provável é prossigamos na via do empobrecimento crescente. Por isso, há que discutir abertamente, por exemplo, a privatização das escolas e da saúde e os diferentes modelos de transição respectivos. Joaquim, no outro dia, não se limitou a emitir um mero sound bite, ele tem toda a razão e é imperioso, se queremos inverter rapidamente o caminho que levamos (consequência de décadas de socialismo, ainda que de várias matizes, mas socialismo quand même) que o tomemos a sério. Os professores continuarão a ser necessários em escolas privadas, bem como os funcionários administrativos e os auxiliares de educação. O mesmo acontecerá com os médicos, enfermeiros, etc. Porque, caros amigos, a coisa estoirou. Ou será que queremos reatar os tempos dos "pobrezinhos, mas honrados"?
Mas, se se ficar por aqui ou mesmo que se avance para despedimentos ou rescisões por mútuo acordo (muito provavelmente, inevitáveis em muitos casos), persiste a necessidade imperiosa de reduzir o espaço de intervenção do Estado no dia a dia dos cidadãos. Se não o fizermos, o mais provável é prossigamos na via do empobrecimento crescente. Por isso, há que discutir abertamente, por exemplo, a privatização das escolas e da saúde e os diferentes modelos de transição respectivos. Joaquim, no outro dia, não se limitou a emitir um mero sound bite, ele tem toda a razão e é imperioso, se queremos inverter rapidamente o caminho que levamos (consequência de décadas de socialismo, ainda que de várias matizes, mas socialismo quand même) que o tomemos a sério. Os professores continuarão a ser necessários em escolas privadas, bem como os funcionários administrativos e os auxiliares de educação. O mesmo acontecerá com os médicos, enfermeiros, etc. Porque, caros amigos, a coisa estoirou. Ou será que queremos reatar os tempos dos "pobrezinhos, mas honrados"?
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