quinta-feira, 15 de maio de 2014

Bom senso e esperança


5 comentários:

Eduardo Freitas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Eduardo Freitas disse...

Luís,

Mantenho a esperança que o bom senso venha a prevalecer, neste como noutros domínios. Mas como impedir ou contrariar, de forma efectiva, a doutrinação inculcada pelo sistema educativo que me parece cada vez mais monolítico (mesmo quando nominalmente "privado") e quase universalmente medíocre?

Saudações

Vítor Caldeirinha Cabeça disse...

Muito real, o dilema. Há poucos dias o meu filho (5o ano) tinha, no livro de exerc´ciios de Matemática, um conjunto de dados de médias de temperaturas mundiais (sem referir fonte), para fazer um gráfico evolutivo. Começava em 1900 e acabava em 2000. Muito conveniente.
Até aqui, ainda a coisa poderia passar. Afinal fazer gráficos faz parte da matéria.
Mas, de seguida, pedia-se que se fizesse (recordo que a disciplina é matemática) uma brochura sobre os efeitos e perigos do aquecimento global! Claramente "off topic".
O que fazer, perante este claro endoutrinamento?
Diverti-me a fornecer-lhe um gráfico em que Steve McIntyre (fantástico blog "http://climateaudit.org/") corrige dados deturpados de Maan e mostra que em 1400 as temperaturas estavam acima das actuais...
Acabámos por ser soft, porque é necessário ter um equilíbrio entre o que defendemos e os riscos das consequências (notas escolares...) numa criança que tenha um professor alarmista.
O título da pequena Brochura ficou "Aquecimento global?"

LV disse...

Vítor,

Que delicioso relato. O de um Pai a antecipar as consequências - não de erros que o filho pudesse cometer - mas de facilitar o acesso do filho à verdade. Relato que não deixa esconder algo de profundamente perturbador.
A atitude de promover a análise crítica e saudavelmente céptica do se aprende é o que mais lhe elogio. Bem como acrescentar, à lista de fontes dos professores de matemática (sarcasmo!), outras fontes de informação e aprendizagem (excelentes, de resto!).
Apareça sempre.
Saudações,
LV

Eduardo Freitas disse...

Caro Vítor,

Obrigado por partilhar connosco esse "momento de rara beleza".

Uma coisa tenho por certa: não havendo possibilidade por parte dos pais de intervir na "instrução" das crianças, pela impossibilidade prática de escolha de escolas e/ou currículos, a educação dos nossos filhos não pode ser delegável.

Reitero o convite do meu colega de blogue: apareça sempre!

Saudações