Mantenho a esperança que o bom senso venha a prevalecer, neste como noutros domínios. Mas como impedir ou contrariar, de forma efectiva, a doutrinação inculcada pelo sistema educativo que me parece cada vez mais monolítico (mesmo quando nominalmente "privado") e quase universalmente medíocre?
Muito real, o dilema. Há poucos dias o meu filho (5o ano) tinha, no livro de exerc´ciios de Matemática, um conjunto de dados de médias de temperaturas mundiais (sem referir fonte), para fazer um gráfico evolutivo. Começava em 1900 e acabava em 2000. Muito conveniente. Até aqui, ainda a coisa poderia passar. Afinal fazer gráficos faz parte da matéria. Mas, de seguida, pedia-se que se fizesse (recordo que a disciplina é matemática) uma brochura sobre os efeitos e perigos do aquecimento global! Claramente "off topic". O que fazer, perante este claro endoutrinamento? Diverti-me a fornecer-lhe um gráfico em que Steve McIntyre (fantástico blog "http://climateaudit.org/") corrige dados deturpados de Maan e mostra que em 1400 as temperaturas estavam acima das actuais... Acabámos por ser soft, porque é necessário ter um equilíbrio entre o que defendemos e os riscos das consequências (notas escolares...) numa criança que tenha um professor alarmista. O título da pequena Brochura ficou "Aquecimento global?"
Que delicioso relato. O de um Pai a antecipar as consequências - não de erros que o filho pudesse cometer - mas de facilitar o acesso do filho à verdade. Relato que não deixa esconder algo de profundamente perturbador. A atitude de promover a análise crítica e saudavelmente céptica do se aprende é o que mais lhe elogio. Bem como acrescentar, à lista de fontes dos professores de matemática (sarcasmo!), outras fontes de informação e aprendizagem (excelentes, de resto!). Apareça sempre. Saudações, LV
Obrigado por partilhar connosco esse "momento de rara beleza".
Uma coisa tenho por certa: não havendo possibilidade por parte dos pais de intervir na "instrução" das crianças, pela impossibilidade prática de escolha de escolas e/ou currículos, a educação dos nossos filhos não pode ser delegável.
Reitero o convite do meu colega de blogue: apareça sempre!
5 comentários:
Luís,
Mantenho a esperança que o bom senso venha a prevalecer, neste como noutros domínios. Mas como impedir ou contrariar, de forma efectiva, a doutrinação inculcada pelo sistema educativo que me parece cada vez mais monolítico (mesmo quando nominalmente "privado") e quase universalmente medíocre?
Saudações
Muito real, o dilema. Há poucos dias o meu filho (5o ano) tinha, no livro de exerc´ciios de Matemática, um conjunto de dados de médias de temperaturas mundiais (sem referir fonte), para fazer um gráfico evolutivo. Começava em 1900 e acabava em 2000. Muito conveniente.
Até aqui, ainda a coisa poderia passar. Afinal fazer gráficos faz parte da matéria.
Mas, de seguida, pedia-se que se fizesse (recordo que a disciplina é matemática) uma brochura sobre os efeitos e perigos do aquecimento global! Claramente "off topic".
O que fazer, perante este claro endoutrinamento?
Diverti-me a fornecer-lhe um gráfico em que Steve McIntyre (fantástico blog "http://climateaudit.org/") corrige dados deturpados de Maan e mostra que em 1400 as temperaturas estavam acima das actuais...
Acabámos por ser soft, porque é necessário ter um equilíbrio entre o que defendemos e os riscos das consequências (notas escolares...) numa criança que tenha um professor alarmista.
O título da pequena Brochura ficou "Aquecimento global?"
Vítor,
Que delicioso relato. O de um Pai a antecipar as consequências - não de erros que o filho pudesse cometer - mas de facilitar o acesso do filho à verdade. Relato que não deixa esconder algo de profundamente perturbador.
A atitude de promover a análise crítica e saudavelmente céptica do se aprende é o que mais lhe elogio. Bem como acrescentar, à lista de fontes dos professores de matemática (sarcasmo!), outras fontes de informação e aprendizagem (excelentes, de resto!).
Apareça sempre.
Saudações,
LV
Caro Vítor,
Obrigado por partilhar connosco esse "momento de rara beleza".
Uma coisa tenho por certa: não havendo possibilidade por parte dos pais de intervir na "instrução" das crianças, pela impossibilidade prática de escolha de escolas e/ou currículos, a educação dos nossos filhos não pode ser delegável.
Reitero o convite do meu colega de blogue: apareça sempre!
Saudações
Enviar um comentário