sábado, 24 de maio de 2014

Young Guns of Gold - a reunião de Maio (actualizado)

Após ausência registada no mês de Abril, voltou a reunir-se a equipa de comentadores de inspiração austríaca. E são tantos os temas a exigir uma análise divergente - truly contrarian. A edição deste mês realizou-se apenas com Ronald Stoeferle (Incrementum AG) e Jordan Eliseo (ABC Bullion), que ultrapassaram pequenos problemas técnicos com humor e boa-disposição.
Este mês os temas abordados são muito diversos, mas relevantes. Alguns desses temas são:




- o mais recente acordo entre Bancos Centrais acerca das reservas de ouro;
- os sistemáticos abandonos dos bancos de investimento dos balcões de transacções de metais preciosos (gold and silver fixes);
- os números do World Gold Council acerca do consumo registado na China - referência a uma sondagem em que 82% dos chineses considera qualquer peça em ouro de 24 quilates como o melhor investimento;
- a possibilidade de Londres deixar de ser uma das sedes mundiais para a negociação do ouro, atendendo à dinâmica e dimensão da procura pelos metais preciosos no Oriente;
- a sazonalidade será muito benéfica para o preço dos metais durante a segunda metade do ano;
- a prata pode suplantar o ouro numa subida sem precedentes;
- o mais que provável início, por parte do Banco Central Europeu, de um programa semelhante ao QE (injecção de liquidez no mercado) americano no valor de um trilião de euros;
- as taxas de juro negativas para forçar os bancos a possibilitarem mais crédito à economia;
- a expressão de Bernanke "as taxas de juro não voltarão à normalidade durante o resto da minha vida";
- o mercado bolsista e as dívidas da periferia europeia;
- o papel da Bélgica na recente aquisição frenética de dívida americana;

Actualização - o visionamento da mesa redonda pode ganhar muito com o conhecimento de mais dois dados informativos (graças a Mish Shedlock):
- Antigo Vive-Presidente do Bundesbank recomenda o ouro e considera que o sistema económico é pura ficção;
- Regulador financeiro inglês aplica coima ao Barclays em acusação de manipulação do preço do ouro.
São, definitivamente, tempos interessantes.


4 comentários:

floribundus disse...

temos em comum algo que não é comum entre a quase totalidade dos portugueses

para mim é persistência e não teimosia

no MONSTRO que nos suga como contribuintes
tudo é feito usado os joelhos esquerdo ou direito como secretária

a boa disposição é indispensável num rectângulo onde a grande maioria acorda exibindo com ostentação os dentes.

para além da inveja e ódio a nossa vida colectiva caracteriza-se por:
ignorância, estupidez, má fé

estamos os dois fora do circuito

se chegasse ao fim do mês com mais de 10€ continuava aapostar na prata e no ouro a longo prazo

Eduardo Freitas disse...

Caríssimo floribundus,

Teremos que concluir que já somos pelo menos três (!) pois foi o LV quem publicou este artigo.

Tive entretanto a consultar três dicionários tendo concluído que é perfeitamente defensável equivaler "persistência" a "teimosia" se, relativamente a esta última, excluirmos o significado de birra ou teima. :)

Quanto aos metais, também estamos de acordo.

Saudações e um óptimo fim-de-semana!

Eduardo Freitas

floribundus disse...

Caro Amigo
tem toda a razão quanto às significações
mas cansei-me de ouvir 'embirraste para aí'

como tem escrito sobre novas formas de escravatura
diga-me se está interessado no seu passado romano

depois para diversificar posso tratar outros assuntos culturais e técnicos

depois do almoço enquanto faço o kg vou votar antes que Zeus rapte a Europa

LV disse...

Meus Caros Eduardo e Floribundus,

Sem querer parecer que por aqui estamos a formar um triunvirato conspirativo, muito me agrada que a teimosia por lembrar a importância da Liberdade conte, pelo menos, com três persistentes Espectadores Interessados.
Sabemos que esta persistência se alarga em número pelo interesse dos nossos leitores, esperemos que a prudência de entender os metais também se possa intensificar de um modo responsável e livre.
Sem a profundidade das referências literárias, diria que esta Europa, que hoje brinca aos papelinhos (e ao faz-de-conta), tem dois grandes inimigos no médio prazo: deflação e demografia. Mas como isto obriga a estudar estruturalmente os desafios, sem a pressão das promessas a troco de papelinhos (que depois assumem a mentira como modo de acção), isso é coisa que não interessa.

Saudações,
LV