«Um líder é certamente muito importante para um partido, mas quando um partido com a representatividade e transversalidade do PS fica refém de alguém como José Sócrates, não é apenas esse partido que fica com problemas. É o país. Por isso, neste final de 2010, o nosso maior problema não é o económico, é o moral. Sócrates, o homem que transformou a mentira em inverdade, conduziu-nos a um pântano que a todos parece querer sugar para que assim fiquemos todos irmãos.
Os países pequenos sobrevivem a muita coisa, caso contrário não existiriam sequer. O caso português ilustra que conseguem superar a geografia e os azares da História. Mas nunca poderão dar-se ao luxo de não saberem dizer não a tempo e de confundirem a verdade com a mentira. Nós demo-nos a esse luxo e agora não sabemos como pagar esse deficit de valores que é certamente muito superior ao da dívida.»
Excerto da crónica de Helena Matos, Público, 18-11-2011
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