quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Catastrofistas ou mistificadores?


O senhor da fotografia é o Professor Paul Ehrlich de há décadas ligado à Universidade de Stanford. De formação entomólogo com especial interesse em borboletas, cedo passou a interessar-se pelas questões ligadas à demografia e à ecologia sendo ainda hoje uma das figuras de proa do movimento ambientalista.

Paul Ehrlich tornou-se particularmente notado quando publicou, em 1968, The Population Bomb. Neste livro Ehrlich retoma as teses catastrofistas de Thomas Malthus (1766-1834) segundo as quais o aumento exponencial da população, combinado com um aumento não tão rápido de alimentos e um "mais que provável" esgotamento de recursos naturais tornariam o Armagedeão inevitável. As previsões de catástrofes, qual delas mais apocalíptica que a outra, foram-se sucedendo. Nenhuma se concretizou mas, para o Professor de Stanford, tal não lhe causou nenhum problema. Por um lado, para os cientistas promotores do alarme há sempre dinheiro a fluir; por outro, se a catástrofe anunciada não aconteceu  (por exemplo, "em 1984 os Estados Unido estariam literalmente a morrer de sede") re-anuncia-se para uns anos ou décadas mais tarde. Aliás, numa retórica em tudo igual à dos alarmistas do "aquecimento global", mesmo "que actuássemos agora já não poderíamos evitar [a catástrofe]", apenas minimizá-la.

E este homem que apostou e perdeu, em toda a linha, a sua aposta com Julian Simon, continua hoje, mesmo nos meios universitários, a ser alvo dos maiores encómios e a dispor de financiamentos generosos. Julian Simon morreu quase no anonimato porque, como sabemos, ter a razão do seu lado não é suficiente para que esta se imponha à irracionalidade fundamentalista veiculadora do medo.

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