A figura abaixo descreve a evolução do preço do barril de petróleo medido por quatro moedas: a libra esterlina, o dólar americano, o euro (antes de 1999, o marco) e o grama de ouro.
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A primeira observação é para salientar que é especialmente na década de 70 (mas o fenómeno já se tinha manifestado na segunda metade da década de 60) que se assiste ao sensível "encarecimento" do petróleo, enquanto medido pelas moedas "nacionais". Ora Nixon, em 1971, quebrou o último elo existente entre as moedas fiduciárias e o ouro (instituído no sistema de Bretton Woods) pelo que, a partir daí, a quantidade de emissão de moeda (quer na forma de notas quer na forma escritural) passou a estar restringida apenas a uma coisa: a maior ou menor "destreza" por parte dos bancos centrais em "imprimir" moeda.
A segunda observação para sublinhar quão menos "caro" o barril de petróleo se tornou quando medido em marcos relativamente à libra ou ao dólar. Tal sugere que o Banco Central alemão e hoje o BCE se tem mostrado mais renitente em "imprimir" dinheiro que os seus homólogos britânicos ou norte-americanos, razão pela qual a desvalorização do marco/euro face ao barril de petróleo foi a menor das três moedas "nacionais".
E o ouro? Sucede que um grama de ouro compra hoje a mesma quantidade de petróleo que em 1971, ou seja, o poder de compra do ouro face ao petróleo manteve-se intacto nos últimos 40 anos. Será que esta estabilidade resulta da escassez infinita de alquimistas? É que é muito mais fácil e barato imprimir milhões de rectângulos de papel verde ou de outra coisa qualquer e o monopólio da sua impressão pertence aos estados...
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