sábado, 27 de novembro de 2010

Novas renováveis: finalmente um real escrutínio?


Manuela Ferreira Leite (MFL), hoje, no Expresso, junta-se ao até aqui muito reduzido número de economistas que pretende ver respondidas questões que os governantes, sucessivamente, têm fugido de explicar (veja-se  a resposta de Carlos Zorrinho deu ontem relativamente à composição do item "Custos de interesse geral" reflectido na factura de electricidade). MFL pergunta:
  • «Quantas dessas empresas produtoras de eletricidade [a partir das novas renováveis e da cogeração] vivem à custa dos subsídios estatais à produção de energia?»
  • «Quantas e quais empresas obtêm lucros com a venda da eletricidade que produzem à EDP, o que significa que investem sem qualquer risco?»
  • Quanto é que estamos a pagar através de impostos encapotados na nossa fatura de eletricidade?
  • Durante quanto tempo vai durar este encargo e qual a sua evolução previsível?
  • Estaremos a criar outra espécie de SCUT?
E depois destas perguntas, remata: «Estas questões sempre deviam ter sido claras, mas são especialmente pertinentes numa altura em que os cidadãos mal conseguem planear o seu dia a dia, com os dados que conhecem, quanto mais com o que os apanha de surpresa.
Transparência e respeito pelos portugueses exige-se!»


Dra. Manuela Ferreira, seja bem-vinda  ao clube dos que acham que Défices há muitos.
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Adenda: também hoje, no Expresso, Fernando Madrinha aborda os famigerados "custos de interesse económico geral". «Um deles é o fomento das energias renováveis, que vale 800 milhões de euros anuais, quase exclu sivamente pagos pelos consumidores domésticos, segundo a Deco. É essa verba que permite à EDP gastar milhares de milhões na compra de empresas nos EUA, além de, é claro, pagar ao ex-ministro Manuel Pinho para ministrar o célebre curso sobre energias renováveis na Universidade de Columbia» (...) «vivendo ela [EDP] em regime de quase monopólio e contanto com esta colaboração empenhada do Governo para esbulhar os clientes, não admira que os seus administradores sejam geniais e com direito a prémios de milhões».

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