segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Romantismo e realidade

O primeiro-ministro indiano Manmohan Singh, estimando que a procura de combustíveis fósseis pela Índia suba, nos próximos10 anos, em cerca de 40%, incitou as empresas nacionais da área da energia a “vasculhar” o globo para assegurar a satisfação dessa procura através da tomada de posições accionistas.
“A Índia necessita assegurar os fornecimentos de energia a preços acessíveis para responder à procura suscitada por uma economia em rápido crescimento” tanto mais que a Índia compete com o gigante chinês para a satisfação das suas necessidades de combustíveis verificando-se, segundo os analistas, que Beijing tem um avanço significativo.

Enquanto isto, nos Estados Unidos, como nos informa o New York Times, crescem as dificuldades para vender projectos de energia “verde” nomeadamente pelo facto de a sua concretização, ao implicar a subida na factura de electricidade dos consumidores, começar a transformar-se numa ideia muito impopular.

Seria bom que, por cá, houvesse mais pessoas a fazer contas para disputar a “moda” das renováveis que, como Mira Amaral recentemente afirmava, «os desafios do aquecimento global, que compreendo, terão de ser resolvidos pelo jogo cooperativo entre chineses, americanos e europeus e não apenas por nós portugueses! Também na energia o que temos é de tratar da nossa competitividade».

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