quinta-feira, 5 de maio de 2011

Regulamentação anti sal potencialmente mortal

Já é um lugar comum afirmar - correctamente, de resto - que correlação não significa causalidade. Simplificando (muito): se numa amostra de 'n' elementos se verifica a ocorrência, em simultâneo, do facto 'a' e do facto 'b', digamos, em 90% dos elementos da amostra, dizemos que há uma forte correlação (estatística) entre o facto 'a' e 'b' mas tal não autoriza a estabelecer que 'a' causa 'b' ou vice-versa.

E porém, todos os dias somos bombardeados com "estudos" que mais não fazem que alardear correlações sem que sejam capazes de derivar causalidades. Daqui se segue, que tais "estudos" conduzam, com enorme frequência a "conclusões" (correlações) contraditórias entre si. Ouvimos assim, nos dias ímpares, que o café faz muito mal à saúde para, nos dias pares, sermos informados que, afinal, quem bebe 'x' cafés por dia tem menos probabilidade de contrair Alzheimer, ou de vir a sofrer de um aneurisma. E os exemplos poder-se-iam multiplicar ad nauseum.

Recordo-me bem do que se passou com os meus dois filhos que nasceram com ano e meio de diferença entre eles. Aquando do primeiro, a pediatra ordenou que a criança deveria ser deixada a dormir de lado no berço. Já no segundo, a mesma pediatra sentenciou que a criança deveria dormir de barriga para baixo pois os perigos de dormir de barriga para cima ou de lado eram inúmeros!

Vem isto a propósito de mais um episódio relativamente a um dos maiores alvos da fúria médica que se vem abatendo desastrosamente sobre a gastronomia: o sal.


Não sou médico, sequer químico, mas a frequência com que situações semelhantes ocorrem é tremenda pelo que fazer decorrer de "estudos", actuações políticas coercivas pode ter efeitos desastrosos. A religião do aquecimento global é evidência acabada do que se afirma. A religião do zero sal, também, como este relato o evidencia nos restaurantes de Nova Iorque.

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