terça-feira, 24 de maio de 2011

Keynesianismo e TGV

The Economist, The Difference Engine: Fast track to nowhere, 20-05-2011 (Tradução e realces meus).
"De todos os serviços de comboios de alta velocidade em todo o mundo, apenas um faz realmente sentido económico - o da rota Shinkansen que serve a ligação de 550 quilómetros (340 milhas) que liga 35 milhões de pessoas da grande Tóquio aos 20 milhões de residentes do "cluster" Kansai de cidades compreendendo Osaka, Kobe, Kyoto e Nara. Nas horas de ponta, até 16 comboios-bala por hora em cada sentido fazem a viagem ao longo da planície costeira densamente povoada que é o lar de mais da metade da população de 128 milhões de pessoas do Japão. do Japão."

"(...) Apesar de fazer mais sentido (...) dar início à ligação entre São Francisco e São José [Califórnia], a única parte do traçado que não levanta tormenta política corresponde ao pouco povoado Central Valley. Para mais, a Casa Branca insistiu que o dinheiro do estímulo deveria ser usado para criar empregos no Central Valley, onde o desemprego em muitas comunidades agrícolas ultrapassa os 20%.

Como resultado destas "condicionantes", o primeiro troço da linha de alta velocidade da Califórnia, com um custo estimado 5.5 biliões de dólares, corresponderá às 65 milhas que distam entre as cidadezinhas de Bordon e Corcoran no meio de campos agrícolas do Central Valley. Quando foi anunciado em Dezembro passado, os críticos prontamente o rotularam da ligação da "linha para sítio nenhum"."
Faz lembrar uma outra história muito conhecida por cá.

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