quarta-feira, 25 de maio de 2011

Obama merece um F- na Segurança Global Alimentar

Mais uma chamada de atenção para o atentado económico e civilizacional que representam as medidas punitivas para os países mais pobres em resultado da absurda política de promoção do etanol a partir do milho.

"A organização sem fins lucrativos Chicago Council on Global Affairs deu esta semana à administração Obama uma notação B- relativamente ao progresso que imprimiu na promoção da segurança alimentar nos países pobres, de acordo com o publicado hoje no ClimateWire (subscrição necessária).

Eu não entendo como é possível a um especialista em política externa  conceder à administração de Barack Obama um B- para o seu contributo para a segurança alimentar global. Esta pontuação só seria possível caso a graduação se fizesse entre os EUA e a Coreia do Norte e o Zimbabué.

Durante o período em avaliação pelo Chicago Council on Global Affairs, a quota de produção,  ao estilo soviético, da América para o etanol, um combustível destilado do milho, aumentou em quase 4 milhares de milhões de galões, ou 104 milhares de milhões de quilos de milho. Este ano os agricultores americanos irão dedicar cerca de um terço da cultura do milho - a maior do mundo - para o etanol. Como explico aqui, aqui e aqui, esta distorção enorme empurra para cima os preços dos alimentos no mercado mundial de grãos de oleaginosas, o que prejudica em particular os centros urbanos nos países em desenvolvimento. Simplificando, a nossa estúpida política relativa ao etanol é uma das maiores ameaças para a segurança alimentar no mundo de hoje, se não a maior.

Em 2007, o Energy Independence and Security Act estabeleceu um calendário, em galões por ano, para a produção de etanol de milho calendário (este ano, é cerca de 13 biliões de litros), mas a administração Obama tinha e tem a autoridade para ajustá-lo para baixo. Ora, porque não usou essa autoridade, o presidente merece um F- por promover a insegurança alimentar desde 2008."

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