quinta-feira, 19 de maio de 2011

Os avisos do Banco de Portugal

No Relatório Anual de 2010, o BdP salienta que as exigências do [plano de ajuda externa] são "substanciais", mas a "sua prossecução estrita é incontornável" e “desejável”, pois "mais do que o cumprimento da condicionalidade exigida no seu âmbito, a importância das medidas preconizadas decorre, em primeiro lugar, da necessidade de criar as bases para garantir um crescimento mais equilibrado e sustentado no médio e longo prazo". O BdP adianta ainda que os de cumprimento "não são negligenciáveis", pelo que estes "apenas reforçam a importância de cumprir, ou mesmo superar, os exigentes objectivos fixados para Portugal" [como Constâncio assinalava].
O Banco de Portugal assinala ainda que o quadro macroeconómico esperado "é particularmente severo", já que contempla uma nova recessão em 2011, de "magnitude elevada, que persistirá em 2012".

Esta recessão "prolongada", sublinha a mesma fonte, "será acompanhada de uma contracção sem precedentes do rendimento disponível real das famílias e de novos aumentos da taxa de desemprego".

Relativamente às pensões de reforma o BdP conclui que pela "importância de ao longo da vida activa os trabalhadores complementarem os seus descontos para os sistemas públicos de pensões com formas alternativas de poupança”, sob pena de as pensões de reforma que o Estado virá no futuro a proporcionar virem a ser de montantes muito, muito, diminutos.

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